Exportações brasileiras de móveis são 11% maiores que ano passado

Vendas de peças de mobiliário para o exterior chegam a US$ 543 milhões entre janeiro e outubro de 2018, com destaque para produtos de madeira para dormitórios

Publicado em 21 de novembro de 2018 | 15:08 |Por:

As exportações de móveis brasileiro já somam US$ 543 milhões entre janeiro e outubro de 2018, segundo dados do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). A taxa é aproximadamente 11% maior do que o acumulado nos dez meses de 2017, quando o valor chegava a US$ 490 milhões.

Apenas no mês de outubro, as exportações de móveis geraram US$ 60,5 milhões, um aumento de 5% com relação a setembro deste ano (US$ 55,2 mi) e também de 5% se comparado ao mesmo mês de outubro de 2017 (US$ 55,6 mi).

Os móveis de madeira para dormitórios são os produtos mais exportados entre os itens verificados, concentrando um total de US$ 245 milhões, sendo seguido por outros móveis de madeira (US$ 136,8 mi), partes de assentos (US$ 33,6 mi), móveis de madeira para cozinha (US$ 31,8 mi) e assentos estofados com armação de madeira (US$ 21 mi).

Os produtos contabilizados na pesquisa contemplam móveis de madeira e metal, assentos, estofados, colchões e partes para assentos e móveis, não considerando mobiliário para medicina ou feitos de matérias como plástico, rotim, bambu e vime.

Exportações de móveis por estados e destinos

Os estados do Sul do Brasil prosseguem na liderança das exportações de móveis: juntos eles somam um montante de US$ 450,7 milhões, o que representa 83% do total exportado. Santa Catarina, ao comercializar US$ 223 milhões de peças com o exterior, encabeça a lista das unidades federativas.

Na sequência figuram Rio Grande do Sul, com US$ 155,1 milhões, e Paraná, com US$ 72,5 mi. Dois estados do Sudeste também se destacam – São Paulo (US$ 56,6 mi) e Minas Gerais (US$ 19 mi). O Nordeste é representado pela Bahia (US$ 3,7 mi) e Pernambuco (US$ 2,8 mi).

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Os destinos das exportações de móveis nacionais estão pulverizados na América do Norte, na região do Mercosul e em alguns países europeus. Entre janeiro e outubro de 2018, o Brasil exportou US$ 163,6 milhões para os EUA e US$ 56,8 milhões para o Reino Unido, seus dois principais parceiros comerciais.

Argentina (US$ 42,3 mi), Uruguai (US$ 35,2 mi), Peru (US$ 33,3 mi), Chile (US$ 30,8 mi), Paraguai (US$ 22,7 mi) e Bolívia (US$ 15,3 mi) figuram na sequência. Juntos, os países sul-americanos compraram US$ 180,6 milhões em mobiliário brasileiro no decorrer do ano.

China prevalece sobre as importações brasileiras

O Brasil importou US$ 421,6 milhões em peças de mobiliário entre janeiro e outubro deste ano. Sendo assim, a balança comercial do setor moveleiro nacional se mantém favorável, com superávit de mais de US$ 120 milhões.

Os produtos de origem chinesa representam quase 30% dos móveis importados, acumulando um valor de US$ 120,6 milhões. A presença asiática no mercado nacional é reforçada pelas importações da Coréia do Sul (US$ 25,3 milhões), Tailândia (US$ 17,2 mi), Índia (US$ 11,7 mi) e Japão (US$ 11,5 mi).

São Paulo é o estado brasileiro que mais importa móveis (US$ 199,7 milhões até outubro), a frente do Paraná (US$ 50,7 mi), Rio Grande do Sul (US$ 31,4 mi), Rio de Janeiro (US$ 30,6 mi) e Santa Catarina (US$ 29,7 mi).

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