Exportações do setor moveleiro avançam 50% em 2021
Nova edição do Monitoramento das Exportações de Móveis da Abimóvel, levantados pelo Iemi, mostram os ótimos números da indústria moveleira
Publicado em 31 de janeiro de 2022 | 07:00 |Por: Thiago Rodrigo
As projeções para o acumulado das exportações do setor moveleiro se confirmaram acima dos 50,2% em 2021. Enquanto o mercado doméstico continua sendo o principal destino do mobiliário produzido no Brasil, o avanço significativo nas exportações do setor moveleiro impactou positivamente todo o mercado, que se beneficia com uma indústria mais competitiva a nível global.
Em volume, o salto foi de 50,2% no montante exportado entre janeiro e dezembro de 2021 sobre 2020. Em receita, estima-se um total de US$ 898,77 milhões (FOB) em produtos exportados pelo setor moveleiro nacional no ano passado.
Com isso, o acumulado entre 2015 e 2021 ultrapassou a linha dos 200%. Ritmo que, segundo as projeções da Abimóvel, deverá se manter nos próximos dois anos, com expectativa de ainda mais 6,05% e 8,65% de crescimento no número de móveis e colchões a serem exportados em 2022 e 2023, respectivamente.
Perspectivas e possibilidades
Embora o Brasil seja o sexto maior produtor mundial de móveis, o País ainda ocupa a 28ª posição no ranking dos maiores exportadores do setor moveleiro. Panorama que é considerado abaixo do seu real potencial, com campo considerável para o aumento da participação de nossas empresas, que vêm investindo em tecnologia e inovação nos parques fabris, bem como na agregação de valor e na diversificação de suas linhas de produto.
– Grupo K1 adquire novas marcas
Os dados da exportação de móveis em 2021 estão dentro dos dados preliminares do balanço de 2021, levantados pelo Iemi – Inteligência de Mercado junto a fontes oficiais com exclusividade para a Abimóvel – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário, a produção de móveis e colchões no Brasil no ano passado, não só recuperou o volume perdido em 2020, como apresentou crescimento de 2,71% em volume e 9,8% em receita.
Exportações do setor moveleiro
Os móveis de madeira são os principais carros-chefes da indústria brasileira no mercado internacional. Na sequência aparecem os estofados, colchões e móveis de metal, respectivamente. Quando o assunto são os principais destinos do mobiliário brasileiro no exterior, os Estados Unidos, maior economia do mundo, são também o principal mercado importador de móveis brasileiros no planeta. Cerca de 35% das exportações nacionais no setor em 2021, tiveram como destino o país norte-americano, numa relação já próxima, mas com ainda muito campo para expandir.
Segundo o estudo “Do Brasil para o Mundo”, outro relatório desenvolvido com exclusividade para os associados do Projeto Brazilian Furniture, as exportações de móveis e colchões brasileiros para os Estados Unidos contam com um potencial adicional de 30,8%, podendo atingir um patamar de US$ 327,8 milhões nos próximos anos.
Dentre os países com maior potencial de aumento das exportações, seguindo a metodologia ITC (International Trade Center), entende-se, ainda, que os atuais mercados-alvos do Brazilian Furniture somem um potencial de novas exportações estimado num adicional de cerca de US$ 866 milhões. Valor que está associado a uma taxa de crescimento esperada de em média 38% nos fluxos de exportações totais para esses países.
Mercados-alvos
Em 2021, destacou-se também o avanço das exportações para o Chile, que ocupa atualmente a segunda posição entre os principais destinos do mobiliário brasileiro no mercado global, com um crescimento acumulado de 164,4% ao longo de todo o ano passado, e apontando ritmo crescente.
O Reino Unido, que vinha apresentando comportamento instável, fechou o ano na quinta colocação, caindo posições, mas demonstrando números promissores no final do segundo semestre de 2021, com avanço de 25,3% no acumulado entre janeiro e dezembro de 2021 em relação a 2020.
Além das Américas e da Europa, o Oriente Médio é outra região com relevante potencial para a indústria de móveis brasileira. As exportações para a Arábia Saudita acumularam aumento de 289,9% no ano; já os Emirados Árabes Unidos, segundo maior destino dos móveis brasileiros na região, registraram um crescimento de 84% ao longo de 2021.