ForMóbile Trends aborda transformação digital no setor moveleiro

Evento realizado pela ForMóbile em anos ímpares e no dia do Prêmio Top Móbile, apontou insights digitais para o setor moveleiro

Publicado em 2 de agosto de 2019 | 12:02 |Por: Thiago Rodrigo

Com foco na transformação digital no setor moveleiro a ForMóbile realizou no São Paulo Expo, na capital paulista, o ForMóbile Trends. Pela primeira vez promovida fora das datas de realização da feira que ocorre a cada dois anos, o evento foi um momento singular para os empresários presentes adquirirem conhecimento e indicações para a evolução digital da indústria moveleira.

Na palestra do dia, o ex-CEO do Tinder e atual CDO da L’Oreal, Andrea Lorio, mostrou seis competências para surfar na onda digital. São elas: flexibilidade cognitiva, execução inovadora, especialista em comportamento humano, altruísmo digital e pensamento crítico. Antes, Lorio apontou que quem quiser sair na frente da transformação digital no setor moveleiro, tem de ter metanoia. Nada mais é do que mudar rapidamente a forma de pensar.

Esse foi o primeiro – e essencial – passo pontuado por Lorio para as empresas efetuarem uma transformação digital em seus negócios. Segundo ele, é preciso mudar o foco do produto para o cliente e também ter ciência de que o ser humano atuará de forma a complementar a tecnologia em vez de ser substituído.

“Isso define as empresas que querem ser espectadoras ou protagonistas das transformações digitais. A mudança vem de dentro, não é um assunto de tecnologia, mas de pessoas, como aprendemos e aprimoramos em um cenário de novos desafios. O leque de competências é totalmente diferente do passado”, disse CDO da L’Oreal.

Seis competências para surfar na onda digital

A flexibilidade cognitiva, uma das competências para transformação digital no setor moveleiro apontada por Lorio, é uma capacidade fundamental nos dias de hoje. Nada mais é do que a capacidade do cérebro de pensar diferentes e inusitadas estratégias.

O ex-CEO do Tinder conta que ao criar o aplicativo de relacionamento foi preciso ter um entendimento da psicologia dos usuários e da forma como eles pensam e desejam se relacionarem. Então, não foi algo de tecnologia ou algoritmo que proporcionou a criação da funcionalidade.

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Lorio também assinalou que o empresário precisa ter um olhar holístico do negócio. “Tem mais sucesso quem tem mais código mental construtivo em vez do fixo, acreditando que as competências e características humanas podem mudar. Nosso cérebro é plástico ao longo da vida. Mesmo que talentoso é preciso continuar a se desenvolver. Os desafios, as derrotas e os problemas conseguem continuar a se desenvolver”, afirmou.

Lorio resumiu competências e habilidades necessárias para o meio atual de transformações digitais no setor moveleiro

De acordo com o CDO da L’Oreal, o sofrimento causa inovação. No entanto, inovar não é inventar algo novo. Com efeito, isso está relacionado à segunda competência para transformação digital no setor moveleiro: execução inovadora. A inovação é a junção de três áreas: valores humanos, tecnologia e negócios. “Ela nasce ao identificarmos lacunas que nascem de demandas e soubermos executar agregando valor para o cliente. Não é inventar a roda é encontrar solução para fazê-la girar”, sugeriu.

Transformação digital no setor moveleiro

Ser especialista em comportamento humano, como o caso citado a respeito da criação do Tinder, é a terceira competência. No caso, foi observado que as pessoas estão com menos tempo e buscam se relacionar online. No caso do altruísmo digital, deve-se priorizar nas pessoas e as vontades das mesmas. Porquanto, Lorio destacou que os modelos de negócios tem que ser H2H em vez de B2C ou B2B. Ou seja, de humano para humano.

“Os consumidores têm necessidade de saber tudo. Aliás, querem valores como empatia e por isso é bom contar histórias nas empresas. Tem que colocar o ser humano no centro e não o produto. Devem ser menos transacional e mais experiencial”, disse.

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A competência de número cinco para transformação digital no setor moveleiro é o pensamento crítico. “Nada mais é do que desafiar o Status Quo das coisas. Olhar lacunas no mercado. Fazer perguntas difíceis como ‘O que é preciso pararmos de fazer? Estamos cometendo o mesmo erro duas vezes?’”, explicou o palestrante.

Sobretudo, o crescimento sustentável é alcançado quando se garante uma boa experiência ao cliente. Lorio contou que o brasileiro é seguidor e gosta da experimentação e experienciação de produtos. Por isso, é preciso diferenciação na forma de apresentar e ver bem o tipo de informação que passa.

Painel sobre varejo competitivo e digital

No segundo momento da tarde, houve o painel com tema “como repensar seu modelo de negócio pode ser vital para sua empresa se manter competitiva na era digital”. Os renomados participantes apontaram soluções e contaram experiências para a transformação digital no setor moveleiro. Posteriormente, a Luiza Labs, apontou que, em uma pesquisa realizada com os seguidores da marca, mostrou um importante dado. Antes, o motivo para as pessoas irem ao site de uma fabricante de móveis era o pós-venda. Agora, 63% vão para comprar algo.

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