Greve dos caminhoneiros afeta setor de bens de capital mecânicos

De acordo com um levantamento feito pela Abimaq e seus parceiros, 92% das empresas do setor sentem os efeitos da paralisação

Publicado em 29 de maio de 2018 | 15:15 |Por:

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), realizou uma pesquisa com suas associadas para analisar o contexto atual das ações e serviços do setor em meio a greve dos caminhoneiros, que já chega ao nono dia. O levamento revela que o atraso na entrega de insumos, a falta de funcionários e a paralisação parcial da produção são alguns dos impactos ocasionados.

Greve dos caminhoneiros

Presidente executivo da Abimaq, José Velloso

“Temos relatos de nossas associadas de que várias matérias-primas e componentes não estão chegando nas fábricas, além de dificuldade de obter combustíveis e lubrificante por causa da greve dos caminhoneiros”, afirma o presidente executivo da Abimaq, José Velloso.

Velloso ressalta que algumas empresas já estão avaliando dar férias coletivas ou antecipar o feriado. “Os empresários estão com problemas de desabastecimento e isso é bastante sério. Esperamos que haja um acordo entre os envolvidos e que a greve termine logo para que a indústria volte a produzir como antes”.

O atraso na entrega de mercadorias de cliente e fornecedores, a paralisação parcial da produção, absenteísmo e falta de materiais para elaboração de refeição dos funcionários, são alguns dos relatos dos 92,7% dos fabricantes de máquinas e equipamentos com relação aos reflexos da greve dos caminhoneiros. Além deles, a perda de embarque de produtos para exportação, custos extras de armazenagem e logística completam a lista.

– Entidades do setor moveleiro apresentam opiniões diversas sobre greve

A pesquisa realizada pela associação também questiona, caso a greve dos caminhoneiros se estenda por mais alguns dias, quais medidas as empresas pretendem adotar. Férias coletivas, dispensa de colaboradores, trabalhar em regime de urgência e home office, reduzir semana trabalhada e produção e adiar alguns projetos, foram algumas das atitudes colocadas pelos empresários com o prolongamento da paralisação dos motoristas de caminhão.

(com informações de assessoria)

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