Iemi aponta que 8ª edição da ForMóbile ocorre em um cenário positivo
De acordo com os indicadores, as estimativas para 2018 em relação as vendas de móveis no varejo são de crescimento de 4,2% sobre 2017
Publicado em 12 de julho de 2018 | 17:17 |Por:
A 8ª edição da Feira Internacional da Indústria de Móveis e Madeira (ForMóbile) que será realizada até 13 de julho, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, apresenta uma rede de conteúdo direcionado e exclusivo para o setor moveleiro. Criados para agregar conhecimento, os espaços estão oferecendo diversas atividades incluindo palestras, workshops, demonstrações e debates. Nesta edição, o evento contou nesta quinta-feira (12/07), às 11h, com a palestra do economista e diretor do Iemi Inteligência de Mercado, Marcelo Prado, sobre “Cenários Econômicos para os próximos anos e seus impactos na indústria moveleira”, no espaço Indústria do Futuro.
Segundo dados recentes do Iemi da edição 2018 do estudo sobre o Mercado Potencial de Móveis em Geral, as vendas de móveis no varejo em 2017 voltaram a apresentar quedas em volumes, de 0,2% sobre ano de 2016. Porém, a queda é menos acentuada em relação aos três anos anteriores (2014, 2015 e 2016), quando apresentaram redução média de 8,2% no período. Para 2018, as estimativas são de crescimento de 4,2% sobre 2017.
Já as vendas em receita no varejo apresentaram crescimento de 2,8% em 2017 sobre 2016, chegando a R$ 67,1 bilhões. Crescimento atribuído ao aumento no preço médio nas peças de móveis, cerca de R$ 194,00 em 2017 (2,9% sobre 2016). Para 2018, as estimativas apontam crescimento de 10,7% sobre 2017 no varejo de móveis em valores.
Evolução do varejo de móveis em volume e valores
A produção física de móveis em 2017 voltou a crescer após as quedas consecutivas nos três anos anteriores (2014, 2015 e 2016), quando caíram 16,3% no período. O crescimento, embora tímido, de 0,3% em 2017 sobre 2016, é um importante resultado para a indústria, indicando uma estabilização e início de retomada no mercado nacional moveleiro, de acordo com os indicadores do Iemi.
Outro importante resultado foi a retomada das importações de móveis, que mesmo representando apenas 2,6% no consumo interno de móveis (consumo aparente), apresentou alta de 46,1% no ano passado com o desembarque de cerca de 10,5 milhões de peças, apresentando recuperação, após a retração de 41,5% registrada nos três anos anteriores. Esse resultado contribuiu para o aumento de 1,5% no consumo aparente de móveis em 2017 frente ao ano anterior, após o índice desabar 17,5% entre 2014 e 2016.
– Ampla participa como palestrante do Fórum ForMóbile
No total, 396,1 milhões de peças foram disponibilizadas ao varejo e outros canais de vendas (corporativos, licitações, atacadistas, etc). Já as exportações de móveis se mantiveram estáveis nos últimos cinco anos, sendo exportadas cerca de 3,4% em média da produção nacional de móveis. Em 2017 foram embarcadas cerca de 14,1 milhões de peças.
Evolução da produção física de móveis (milhões de peças)
Para 2018, as estimativas preliminares apontam para um crescimento mais expressivo na produção física de móveis, 4,2% sobre 2017. A disponibilidade destes itens no mercado interno brasileiro deverá apresentar crescimento um pouco mais acentuado, de 5%, atribuído à alta de 41,2% prevista para as importações em 2018, que deverão apresentar participação de 3,6% no consumo aparente. As exportações devem se manter mais estáveis, representando cerca de 3,7% da produção nacional.
Falando em valores da produção nacional moveleira, a evolução se mostra, diferentemente da produção física e exceto pelo ano de 2016, como uma tendência ascendente. Ou seja, nos últimos anos, quando se agravaram as instabilidades econômicas no País, a produção de móveis sofreu quedas acentuadas em volumes, porém, altas nos valores de produção.
“Na crise, principalmente entre as classes mais baixas, a demanda por móveis novos é menor, afetando a produção como um todo, porém a produção de móveis mais elaborados, com maior valor agregado, demandada pelas classes mais altas, sofre menos impacto e também se recupera mais rápido, ganhando participação na produção e aumentando o valor médio das peças. Outro fator muito impactante nesta alta foram os preços dos insumos da produção, as chapas principalmente e outros fatores”, afirma o diretor do Iemi, Marcelo Prado.
Já em relação a evolução do calor da produção de móveis em bilhões, para 2018, as estimativas apontam para um crescimento mais expressivo. Isso diz respeito diretamente aos valores da produção de móveis, um aumento de 8% em relação ao ano de 2017.
(com informações de assessoria)