Iemi apresenta dados de produção de móveis durante o Congresso Movergs
Diretor do Iemi, Marcelo Prado, discutirá as dimensões, desafios e oportunidades no mercado brasileiro de móveis no pós-crise
Publicado em 28 de junho de 2018 | 16:24 |Por:
A Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), realiza no dia 05 de julho, o 28º Congresso Movergs, no Salão Malbec do Dall’Onder Grande Hotel, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Nesta edição, o evento contará mais uma vez com uma palestra do economista e diretor do Iemi Inteligência de Mercado, Marcelo Prado, sobre “Os números da indústria de móveis no Brasil”, logo após a abertura oficial do evento. O Congresso que terá como tema “É a Informação que Transforma o Comum em Extraordinário” levará às empresas do setor moveleiro um ambiente para atualizar conhecimentos, reciclar práticas e ter acesso a novas informações, além de dados sobre a produção de móveis do país.
Segundo dados recentes do Iemi, da edição de 2018 do estudo sobre o Mercado Potencial de Móveis em Geral, a produção física de móveis em 2017 voltou a crescer após as quedas consecutivas nos três anos anteriores (2014, 2015 e 2016), quando caíram 16,3% no período. De acordo com a empresa, o crescimento embora tímido, de 0,3% em 2017 sobre 2016, é um importante resultado para a indústria, indicando uma estabilização e início de retomada no mercado nacional moveleiro.
Outro importante resultado foi a retomada das importações de móveis, que mesmo representando apenas 2,6% no consumo interno aparente de móveis, apresentou alta de 46,1% no ano passado com o desembarque de cerca de 10,5 milhões de peças, apresentando recuperação, após a retração de 41,5% registrada nos três anos anteriores. Com esses indicadores, o Iemi confirma que esse resultado contribuiu para o aumento de 1,5% no consumo aparente de móveis em 2017 frente ao ano anterior, após o índice desabar 17,5% entre 2014 e 2016.
– Confira o conteúdo das palestras do 28º Congresso Movergs
No total, 396,1 milhões de peças foram disponibilizadas ao varejo e outros canais de vendas. Já as exportações de móveis se mantiveram estáveis nos últimos cinco anos, sendo exportadas cerca de 3,4% em média da produção nacional de móveis. Em 2017 foram embarcadas cerca de 14,1 milhões de peças.
Evolução da produção física de móveis
Para o restante de 2018, as estimativas preliminares apontam para um crescimento mais expressivo na produção física de móveis, apresentando 4,2% sobre 2017. A disponibilidade destes itens no mercado interno brasileiro deverá apresentar crescimento um pouco mais acentuado, de 5%, atribuído à alta de 41,2% prevista para as importações em 2018, que deverão apresentar participação de 3,6% no consumo aparente. As exportações devem se manter mais estáveis, representando cerca de 3,7% da produção nacional.
Falando em valores da produção nacional moveleira, a evolução se mostra, diferentemente da produção física e exceto pelo ano de 2016, como uma tendência ascendente. Ou seja, de acordo com os indicadores, nos últimos anos, quando se agravaram as instabilidades econômicas no país, a produção de móveis sofreu quedas acentuadas em volumes, porém, altas nos valores de produção.
O diretor do Iemi, Marcelo Prado, indica alguns dos principais pontos desta dinâmica. “Na crise, principalmente entre as classes mais baixas, a demanda por móveis novos é menor, afetando a produção como um todo. Porém, a produção de móveis mais elaborados, com maior valor agregado, demandada pelas classes mais altas, sofre menos impacto e também se recupera mais rápido, ganhando participação na produção e aumentando o valor médio das peças. Outro fator muito impactante nesta alta foram os preços dos insumos da produção, as chapas principalmente e outros fatores”.
Evolução do valor da produção de móveis
De acordo com o Iemi, as estimativas para 2018 apontam para um crescimento expressivo nos valores da produção de móveis, 8% sobre 2017. No varejo de móveis, as estimativas são de reação, As vendas de móveis no varejo em 2017 voltaram a apresentar quedas em volumes, de 0,2% sobre ano de 2016, porém, queda menos acentuada em relação aos três anos anteriores (2014, 2015 e 2016), quando apresentaram redução média de 8,2% no período. Para 2018, as estimativas são de crescimento de 4,2% sobre 2017.
Já as vendas em receita no varejo apresentaram crescimento de 2,8% em 2017 sobre 2016, chegando a R$ 67,1 bilhões. Crescimento atribuído ao aumento no preço médio nas peças de móveis, cerca de R$ 194,00 em 2017 (2,9% sobre 2016). Para 2018, as estimativas apontam crescimento de 10,7% sobre 2017 no varejo de móveis em valores.
(com informações de assessoria)