Indústria moveleira gaúcha colabora com retomada do RS

Além de registrar aumento de faturamento e empregos no primeiro semestre de 2024, setor realizou ações solidárias com o povo gaúcho

Publicado em 21 de agosto de 2024 | 15:00 |Por: Thiago Rodrigo

A pior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul, ocorrida entre o final de abril e o início de maio de 2024, deixou marcas que por muito tempo serão lembradas pelos gaúchos. Nesse momento de reconstrução, com famílias e empresas aos poucos se reerguendo, o setor moveleiro lança uma luz de otimismo. Mesmo com dificuldades de diferentes ordens, a indústria moveleira gaúcha conseguiu encerrar o primeiro semestre do ano com números positivos no faturamento, nas exportações e na geração de empregos. Além de ajudar a movimentar a economia, diversos empresários realizaram ações de solidariedade para ajudar a minimizar as perdas dos conterrâneos.

De janeiro a junho de 2024, as mais de 2.400 indústrias moveleiras do estado registraram faturamento acima de R$ 6.14 bilhões – crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados da Secretaria da Fazenda.

O presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), Euclides Longhi, pondera que o acréscimo não necessariamente significa maior lucro. “Além de enfrentarem adversidades, muitas indústrias, em gesto de solidariedade, renunciaram a parte dos seus lucros para fazer doações em prol da população afetada. Também flexibilizaram as negociações para ajudar tanto o varejo quanto o consumidor final”, explica.

Inscrições abertas para Congresso Movergs

Longhi confirma que o setor também sentiu impactos, seja pelo aumento de custo e prazo da logística, seja pelos prejuízos nas fábricas. “As consequências variam de região para região. Na Serra, por exemplo, poucas indústrias tiveram a estrutura prejudicada. Já na região metropolitana de Porto Alegre, há relatos de pequenas e médias empresas com diferentes níveis de prejuízo”, avalia.

“De modo geral, o setor está conseguindo contornar a situação e a Movergs se mantém disponível para auxiliar as indústrias moveleiras. Especialmente neste momento, é muito importante que as nossas empresas se fortaleçam, produzam, atendam às demandas do mercado e continuem gerando empregos e renda para a população gaúcha”, afirma o presidente da entidade.

Estradas parcial ou totalmente bloqueadas foram um desafio para a indústria moveleira gaúcha que exportam móveis, principalmente para acessar o porto de Rio Grande, pois tornaram os percursos mais longos e caros. Ainda assim, o setor movimentou US$ 119,7 milhões de dólares em transações com 98 países (destaque para Estados Unidos, Chile e Uruguai, os três maiores compradores).

Esse montante é 6,8% maior do que o registrado no primeiro semestre de 2023. O diretor Internacional da Movergs, Daniel Segalin, ressalta a resiliência do setor moveleiro. “Em um momento extremamente conturbado no Rio Grande do Sul, os empresários conseguiram cuidar das suas próprias empresas, estender a mão para a população e fazer o possível para atender às demandas do mercado interno e externo”, comenta.

Empregos na indústria moveleira gaúcha

O aumento da produção e das vendas impactou positivamente o mercado de trabalho, gerando oportunidades de renda para famílias de diferentes regiões do estado. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), até julho de 2024 foram criados 143 postos de trabalho – totalizando 36.003 profissionais em atividade nas indústrias moveleiras do RS.

Solidariedade

Além das ações de solidariedade próprias de cada empresa, a Movergs criou a campanha “Apadrinhe uma Cidade”, convidando indústrias de móveis de todo o Brasil a doarem mobiliários às famílias das cidades atingidas. A entidade também apoiou a ação “Unidos por Bento”, que focou na reconstrução de estradas na Serra gaúcha.

Pensando na importância da reconstrução do varejo, a Movergs apoiou a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) em uma campanha voltada para a doação de balcões de atendimento para auxiliar comerciantes na retomada dos negócios.

“É emocionante ver a gratidão das pessoas ao receberem qualquer tipo de amparo. E é muito gratificante saber que a Movergs, por meio da sua diretoria, equipe técnica, conselhos e associados, mais uma vez se mostrou engajada e solidária neste momento que o Rio Grande do Sul enfrenta a maior catástrofe climática da sua história”, diz Euclides Longhi, presidente da entidade.

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