Ipea projeta crescimento econômico em 2019 e 2020
De acordo com a pesquisa o equacionamento do problema fiscal que pode estimular os investimentos
Publicado em 28 de junho de 2019 | 08:41 |Por: Larissa Bartoski de Sena
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou uma análise completa da atual situação da economia brasileira por meio de duas seções da Carta de Conjuntura. Em princípio, a previsão é de que o crescimento econômico deve ter alta de 0,8% em 2019. Além disso, a expectativa também é de aceleração do crescimento da economia em 2020, quando o PIB deve fechar com elevação de 2,5%.
Para o segundo trimestre do ano, a estimativa também é positiva. Espera-se alta de 0,5% em relação ao trimestre anterior. A previsão de inflação para 2019 é de 3,9%. A análise do Grupo de Conjuntura aponta que o equacionamento do problema fiscal pode estimular os investimentos. Ademais, deve tirar a economia da tendência de baixo crescimento.
Crescimento econômico
Com relação à atividade econômica, a análise aponta para um recuo da produção industrial de 0,4% na margem em maio. Entretanto, as vendas no comércio, bem como o volume de serviços devem registrar avanço. Sendo de 1% e 0,7%, respectivamente, em comparação com o mês de abril deste ano.
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O Indicador Ipea de Risco Brasil tem se mantido, desde outubro do ano passado, em terreno negativo e com tendência de queda. A medida tradicional de risco-país, o Credit Default Swap (CDS), se encontra 62,4 pontos base abaixo do ponto em que estaria caso tivesse seguido o movimento comum dos emergentes. Esse baixo patamar de risco, permitiria uma aceleração do crescimento a partir do quarto trimestre deste ano. Sobretudo, combinado com a melhora da confiança dos empresários, resultante da aprovação da Reforma da Previdência.
O elevado grau de ociosidade da economia do país, estimado em 3,2% pelo Indicador Ipea de Hiato do Produto, mostra que há espaço para uma retomada mais intensa do crescimento sem que haja impactos inflacionários. Mesmo com a aceleração do crescimento, o país ainda fecharia 2020 com quase 2% de ociosidade, o suficiente para evitar pressões inflacionárias.
(com informações de assessoria)