Pessoas que moram de aluguel impactam no consumo de mobiliário
Censo Demográfico do IBGE mostra aumento no número de pessoas que moram de aluguel; veja impacto no consumo de mobiliário
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

As pessoas que moram de aluguel são maioria entre 25 e 29 anos, de acordo com pesquisa Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a mesma pesquisa, um em cada cinco brasileiros (20,9% da população) mora em casas alugadas e há mais de dez anos, a proporção era de 16,4% – leia mais em reportagem na Revista Móbile Fornecedores 344. O percentual de pessoas que moram de aluguel atinge um pico entre pessoas da faixa etária acima, conhecida como a Geração Z.
Eles buscam, geralmente, praticidade, flexibilidade e boa relação custo-benefício, além de um design contemporâneo. Nesse sentido, na questão do mobiliário, é observado uma ampliação no desenvolvimento de móveis modulares, desmontáveis e de múltiplo uso, que se encaixam em diferentes tipos de imóveis e ambientes, além de terem facilidade na montagem e no transporte, bem como em design voltado a espaços compactos, seguindo uma tendência de moradias menores nos centros urbanos, e que priorize a ergonomia, em especial por conta do trabalho ou do estudo remoto.
– Movelpar encerra com alto desempenho para expositores
A demanda por personalização em serviços, especialmente digitais, também cresce, impactando toda a cadeia produtiva — do projeto ao pós-venda. “Observamos, ainda, que muitos desses consumidores preferem soluções mais flexíveis também em termos de negócio, com um crescimento de opções de mobiliário por assinatura (locação de móveis), por exemplo”, destaca Cândida Cervieri, diretora-executiva da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel).
A preocupação com a sustentabilidade também é cada vez mais forte entre os jovens, que valorizam móveis produzidos com materiais certificados, processos de fabricação de baixo impacto e maior eficiência logística para reduzir emissões. “O setor moveleiro, ciente dessa tendência, vem adotando práticas e tecnologias que incentivam o uso responsável de recursos naturais e a redução de resíduos, alinhando a produção ao compromisso ambiental e a certificações ecológicas”, destaca a diretora-executiva da Abimóvel.
Como essas mudanças exigem inovação e pesquisa em todo o ciclo produtivo, do fornecimento de matéria-prima ao ponto de venda, nesse contexto, a Abimóvel tem estimulado a inovação por meio de iniciativas de Design Integrado à Indústria, o Projeto de Normalização de Móveis e programas de sustentabilidade como o SIMB, que visam fortalecer a competitividade da indústria brasileira de móveis e incentivar práticas de design, produção e logística alinhadas às necessidades desse consumidor jovem e dinâmico.