Presidente eleito tem missão de retomar indústria brasileira, segundo CNI
Após Bolsonaro ser o primeiro presidente a não se reeleger desde 1988, Lula retorna à presidência com desafio de retomar indústria brasileira
Publicado em 31 de outubro de 2022 | 09:42 |Por: Portal eMóbile
Na noite de ontem, o candidato Luís Inácio Lula da Silva foi eleito presidente do Brasil para governar a partir de 2023, derrotando o atual mandatário, Jair Bolsonaro. Entre os desafios de melhorar economia, educação, saúde, segurança do Brasil, para o novo presidente está também a missão de retomar a indústria brasileira e aumentar sua relevância no mercado internacional.
Um plano de retomada da indústria brasileira, inclui foco na ampliação dos investimentos, da produção manufatureira e das exportações, para viabilizar a maior inserção competitiva do País nas cadeias globais de valor e reverter o processo precoce de desindustrialização. A avaliação é feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), sobre o que falta uma política industrial para o Brasil.
“O crescimento sustentável da economia depende de uma política industrial moderna, de acordo com as melhores práticas internacionais, com investimento em inovação, pesquisa e desenvolvimento, com ênfase em tecnologias socioambientais sustentáveis, eficiência energética, geração de energias renováveis e digitalização de processos governamentais”, explica o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
11 eixos de políticas e ações de estado de acordo com o CNI
1. Tributação
2. Financiamento e garantias
3. Comércio exterior
4. Inovação, ciência e Tecnologia
5. Compras governamentais
6. Melhoria do ambiente de negócios e segurança jurídica
7. Modernização de marcos regulatórios
8. Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos
9. Infraestrutura e logística
10. Meio ambiente e eficiência energética
11. Aperfeiçoamento da legislação trabalhista
Robson Andrade afirma que é urgente e imprescindível a mobilização de esforços públicos e privados pela renovação da indústria nacional e pela aceleração do crescimento em bases sustentáveis e duradouras. Segundo ele, a premissa básica é que não existe país forte e desenvolvido sem uma indústria dinâmica, competitiva e integrada ao mercado global.
“As propostas não se baseiam em criação de incentivos nem na redução de tributos. Mas na adoção de medidas que garantam às indústrias nacionais igualdade de condições frente à acirrada competição do mercado internacional, com a eliminação do Custo Brasil e com políticas de apoio à indústria similares às implementadas pelos nossos competidores”, afirma.
Novo presidente
O presidente eleito disse que vai governar para todos os brasileiros e não só para os que votaram nele. “Só assim seremos capazes de construir um país de todos. Um Brasil igualitário, cuja prioridade sejam as pessoas que mais precisam. Um Brasil com paz, democracia e oportunidades”, disse em seu discurso.
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Sobre a economia brasileira, Lula afirmou que pretende fazer “A roda da economia voltar a girar, com geração de empregos, valorização dos salários e renegociação das dívidas das famílias que perderam seu poder de compra. A roda da economia vai voltar a girar com os pobres fazendo parte do orçamento. Com apoio aos pequenos e médios produtores rurais, responsáveis por 70% dos alimentos que chegam às nossas mesas”.
Para a política externa, Lula disse que “Hoje nós estamos dizendo ao mundo que o Brasil está de volta”. Presidentes e primeiros-ministros de diversos países parabenizaram o novo responsável por liderar o Brasil pelos próximos quatro anos, salientando a aproximação das relações entre as nações.
Também uma pauta relevante para o setor moveleiro, o novo presidente também destacou a pauta do meio ambiente, priorizando a luta contra a destruição da Amazônia e o combate às atividades ilegais na região. Ainda apontou trabalhar para uma reforma tributária “justa e sustentável”, que resulte na simplificação dos tributos e mudança na alíquota do Imposto de Renda.
Em seu discurso da vitória, o futuro presidente Lula não abordou melhorias e ideias para a indústria brasileira.