Produção de móveis avança 28,5% de maio para junho

Apenas -1,6% foi registrado de queda em relação a junho de 2019

Publicado em 4 de agosto de 2020 | 11:24 |Por: Thiago Rodrigo

A produção de móveis, conforme apontado pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), teve aumento de 28,5% em junho em relação a maio de 2020. No comparativo com o mesmo mês do ano passado, houve queda de 1,6%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Indústria geral

A produção industrial geral não teve o mesmo aumento da produção de móveis. Cresceu 8,9% em relação a maio deste ano, (série com ajuste sazonal), intensificando a expansão observada no mês anterior. Os dois meses seguidos de crescimento eliminaram parte da perda de 26,6% registrada em março e abril, no ponto mais baixo da série.

Entretanto, em relação a junho de 2019 (série sem ajuste sazonal), a indústria recuou 9%, oitavo resultado negativo seguido nessa comparação. Assim, os índices do setor industrial foram negativos tanto para o fechamento do segundo trimestre de 2020 (-19,4%), como para o acumulado do primeiro semestre do ano (-10,9%). Em 12 meses, a queda foi de 5,6%, recuo mais intenso desde dezembro de 2016 (-6,4%).

Mesmo assim, a produção industrial elimina apenas parte da queda de 26,6% acumulada no período março-abril de 2020. Além disso, o setor industrial ainda se encontra 27,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. No resultado de junho, houve comportamento positivo disseminado, explicado pelo aumento do ritmo produtivo, após o aprofundamento das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, em março e abril, por conta da pandemia da Covid-19.

Categorias econômicas

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a maio de 2020, bens de consumo duráveis, ao crescer 82,2%, e bens de capital (13,1%) mostraram as maiores taxas positivas em junho de 2020, com ambos apontando o segundo mês seguido de expansão e acumulando nesse período avanços de 287,4% e 47,3%, respectivamente. Vale citar que, mesmo com esses resultados positivos, esses segmentos ainda se encontram bem abaixo do patamar de fevereiro último: -40,1% e -27,1%, respectivamente.

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Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (6,4%) e de bens intermediários (4,9%) também assinalaram taxas positivas em junho de 2020, com ambos avançando abaixo da média da indústria (8,9%), mas marcando o segundo mês consecutivo de crescimento e acumulando nesse período ganhos de 17,7% e 10,7%, respectivamente.

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