Produção de móveis cai 0,9% em julho
Produção de móveis tem nova queda mensal, maior queda de produção em relação ao mesmo mês de 2020 e diminui acumulado do ano
Publicado em 2 de setembro de 2021 | 11:08 |Por: Thiago Rodrigo
A produção de móveis em julho de 2021 registrou queda de 0,9% em relação a junho. Em relação a julho de 2020, a produção registrou queda de 14,4%. Embora a produção de móveis tenha mais um resultado negativo, o acumulado do (janeiro-julho) segue com alta, 16,7%, porém menor que o registrado nos seis primeiros meses (23,2%).
Produção de móveis
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado dos últimos 12 meses, foi registrado alta de 13,1% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores.
No segundo trimestre de 2021, a produção de móveis foi 38,7% maior em relação a igual período de 2020, enquanto no primeiro trimestre deste ano havia tido aumento de 21,5% comparado ao mesmo período de 2020. No primeiro semestre de 2021, a produção de móveis registrou alta de 28,5% em relação ao mesmo período de 2020.
Indústria geral
A produção industrial apresentou queda de 1,3% na passagem de junho para julho, após retração de 0,2% no mês anterior. Com o resultado, a indústria acumula queda de 1,5% em dois meses, após alta de 1,2% em maio.
No ano, a indústria acumula alta de 11% e, em doze meses, de 7%. Com o resultado de julho, a produção industrial ficou 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.
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“Em linhas gerais, o comportamento de julho não difere muito do que a gente vem observando ao longo desse ano, já que dos sete meses, em cinco houve queda”, explica André Macedo, gerente da pesquisa.
De acordo com Macedo, esse resultado permanece ligado aos efeitos da pandemia da Covid-19. “No início do ano, houve fechamento e restrições sanitárias maiores em determinadas localidades, que afetaram o processo de produção. Com o avanço da vacinação e a flexibilização das restrições, a produção industrial agora sente os efeitos do encarecimento do custo e do desarranjo de toda cadeia produtiva”, observa, lembrando que em janeiro de 2021, a produção industrial chegou a estar 3,5% acima do patamar pré-pandemia.
“Há dificuldade das pessoas em obter emprego, com um contingente importante fora do mercado de trabalho, a precarização do emprego e a retração na massa de rendimento, como mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada na terça-feira (31) pelo IBGE”, enumera Macedo.
Ele ressalta também a contribuição do processo inflacionário que vem diminuindo a renda das famílias e o consumo no dia a dia, conforme expôs o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “O resultado da indústria está no escopo dos resultados de renda, emprego e inflação mostrado pelas demais pesquisas”, observa.