Produção de móveis cai 5,4% em julho em relação a junho

Acumulado da produção de móveis no ano registra -19,1%, enquanto acumulado dos últimos 12 meses é de -19,9%

Publicado em 9 de setembro de 2022 | 05:18 |Por: Thiago Rodrigo

A produção de móveis em julho comparado a junho de 2022, caiu 5,4%. O resultado é a segunda queda consecutiva após o crescimento assinalado no mês de maio em comparação a abril. Após a produção de móveis registrar queda de 19,8% no primeiro semestre de 2022, inicia o segundo semestre também em baixa.

No acumulado do ano, a produção de móveis é de -19,1% comparada a igual período do ano anterior, a menor entre as atividades industriais e muito menor que os -2% da indústria geral.

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Em relação a julho de 2021, o setor moveleiro segue em baixa. Teve a maior queda da indústria geral, com -14,8%, após -9,3% em junho, -8,1% em maio -11,6% em abril, -22,7% em março, -28,3% em fevereiro e -33% em janeiro. Contudo, importante lembrar sempre que o ano de 2021, foi um dos melhores da história da indústria moveleira brasileira.

No acumulado dos últimos 12 meses, a produção de móveis tem recuo de 19,9%, novamente a menor entre as atividades industriais. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Indústria geral

Em julho de 2022, a produção industrial nacional subiu 0,6% frente a junho, na série com ajuste sazonal. Em relação a julho de 2021, na série sem ajuste, a indústria recuou 0,5%, segunda taxa negativa seguida nessa comparação. No ano, a indústria acumula queda de 2% e, em 12 meses, o acumulado foi -3%.

A produção industrial crescendo 0,6% em julho de 2022, eliminou o recuo de 0,3% verificado no mês anterior, quando interrompeu quatro meses consecutivos de resultados positivos e que acumularam expansão de 1,9%.

Com esses resultados, o setor industrial ainda se encontra 0,8% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Análise da indústria

“O setor industrial ao longo do ano de 2022 vem mostrando uma maior frequência de resultados positivos. São cinco meses de crescimento em sete oportunidades. Nesses resultados, observa-se a influência das medidas governamentais de estímulo e que ajudam a explicar a melhora registrada no ritmo da produção. Mas vale destacar que ainda assim a produção industrial não recuperou as perdas do passado”, explica o gerente da Pesquisa, André Macedo.

O gerente da pesquisa acrescenta que, no resultado desse mês, há uma predominância de atividades no campo negativo. Somente dez ramos industriais mostraram crescimento e 16 assinalaram queda. “É um crescimento que se dá de uma forma muito concentrada nesse mês de julho”, complementa o pesquisador.

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