Produção de móveis cai em agosto
Produção de móveis cai 3,6% em agosto comparado a julho, entretanto, segue registra crescimento de 8,5% em relação a agosto de 2023
Publicado em 4 de outubro de 2024 | 11:30 |Por: Thiago Rodrigo
A produção de móveis sofreu uma queda em relação ao mês anterior pela primeira vez em 2024, de 3,6% em agosto comparado a julho. Em relação com igual período do ano anterior, foi registrado aumento de 8,5%.
O acumulado do ano da produção de móveis está positivo em 9,1% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado dos últimos 12 meses, a produção segue no campo positivo, alcançando 5,9%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE.
Produção de móveis em 2024
Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | |
Mês anterior | 3,4% | 2,2% | 3,4% | 2,9% | 0,2% | 1,1% | 4% | 3,6% |
Mesmo mês de 2023 | 0,5% | 2,7% | 7% | 17,6% | 7,1% | 13,9% | 26,9% | 8,5% |
Fonte: IBGE
Produção industrial
Em agosto de 2024, a produção industrial nacional apresentou variação positiva de 0,1% frente a julho, na série com ajuste sazonal, após recuar 1,4% em julho e avançar 4,4% em junho de 2024.
Frente a agosto de 2023, a indústria avançou 2,2%, terceira taxa positiva consecutiva, mas com a expansão menos intensa dessa sequência. Com isso, o setor industrial apontou crescimento de 3,0% nos oito meses de 2024.
No acumulado nos últimos dozes, o avanço de 2,4% manteve taxa positiva e intensificou o ritmo de expansão frente aos resultados de julho (2,2%), de junho (1,5%) e de maio de 2024 (1,2%).
“A despeito de ser um resultado muito próximo da estabilidade, o índice de 0,1% desse mês fez com que o setor industrial voltasse ao campo positivo após registrar queda de 1,4% no mês anterior. Quando analisamos os últimos três meses, o saldo da produção industrial é positivo, já que o total da indústria cresceu 4,4% em junho. Esse movimento também fica evidenciado quando observamos o índice de média móvel trimestral, que permanece com uma trajetória ascendente desde meados de 2023”, analisa André Macedo, gerente da PIM Brasil.
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Apesar da taxa da indústria geral estar no campo positivo, há uma predominância de resultados negativos nesse mês, com 18 dos de 25 ramos industriais mostrando recuo na produção.
Entre as atividades, a influência positiva mais importante veio das indústrias extrativas, alta de 1,1%, após recuar 2,2% em julho, quando interrompeu dois meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 5,8%.
Outras contribuições positivas incluem os setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0%) e de produtos químicos (0,7%).
“No mês anterior, tanto o petróleo quanto o minério de ferro mostraram queda e o resultado de agosto representa uma volta ao campo positivo. O saldo dos últimos meses é claramente positivo, pois antes da queda de 2,2% em julho, o setor extrativo havia apresentado duas taxas de crescimento, em maio e junho, totalizando uma expansão de 5,8%. A queda de julho teve uma particularidade que foi a parada para manutenção em algumas plataformas, impactando a produção”, esclarece o gerente da PIM.