Produção de móveis cai em junho
Produção de móveis cai 2,4% em maio comparado a abril, enquanto também registra queda em comparação ao mesmo mês de 2022
Publicado em 9 de agosto de 2023 | 11:22 |Por: Thiago Rodrigo
A produção de móveis em junho de 2023 teve queda de 2,4% comparado ao mês anterior. Em relação com igual período, junho de 2022, houve queda de 7,9% – nos dois índices aumentou o declínio em relação a maio.
Agora, no acumulado do ano, a produção de móveis registra diminuição de -0,7% em comparação a igual período do ano anterior – até maio havia alta de 0,9%. No acumulado dos últimos 12 meses, há queda de 70% na produção de móveis, com leve diminuição frente aos 7,1% 7,4%, 8%, 10,4% e 12,8% anteriores.
Produção industrial
A produção industrial do país variou 0,1% na passagem de maio para junho, marcando a segunda taxa no campo positivo consecutiva. Em maio, a indústria já havia avançado 0,3%. Na comparação com junho de 2022, o avanço é de 0,3%. No ano, o acumulado da indústria é de retração de 0,3%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses foi de acréscimo de 0,1%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE.
André Macedo, analista da pesquisa, explica que o resultado de junho mostra uma manutenção no campo positivo, embora com uma taxa muito próxima da estabilidade. “Entretanto, esses dois meses de alta em sequência não revertem a perda de abril, quando a taxa foi -0,6%”, ressalta.
Para o pesquisador, “ainda que o primeiro semestre de 2023 mostre saldo positivo de 0,5% quando comparado com o patamar de dezembro de 2022; o ritmo está muito aquém do que o setor precisa para recuperar as perdas do passado recente, afinal, ainda se encontra 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia de fevereiro de 2020”, afirma.
– Varejo de móveis cresce em junho
A produção industrial nacional, ao recuar 0,3% no primeiro semestre do ano, permaneceu com taxa negativa, mas reduziu a intensidade de perda frente ao fechamento dos quatro primeiros meses de 2023, quando havia recuado 1%. Contudo, esse movimento não foi visto em todas as grandes categorias econômicas. Entre esses dois períodos, bens intermediários, que também é o de maior peso, foi o único que mostrou ganho de dinamismo, ainda que no campo negativo, a categoria saiu de uma queda de 2,1% no primeiro quadrimestre para encerrar o semestre com recuo de 0,5%.
“Há uma relação muito clara com o setor extrativo, que exerce uma liderança em termos de crescimento, com expansão de 5,8% nos primeiros seis meses do ano, com destaque para minério de ferro e petróleo”, complementa Macedo. O analista também ressalta a importância dos resultados, dentro dessa categoria, dos setores de alimentos, mais especificamente os produtos açúcar e os itens derivados da soja; e de derivados do petróleo. “As demais categorias econômicas não fizeram esse movimento de melhora de ritmo durante o semestre, mesmo os segmentos que fecharam com taxas positivas”, ressalta o pesquisador.