Produção de móveis tem redução em março
Produção de móveis cai 4,3% em março comparado a fevereiro, mas acumulado do ano segue em alta, com 4,1%
Publicado em 10 de maio de 2023 | 11:22 |Por: Thiago Rodrigo
A produção de móveis em março de 2023, registrou queda de 4,3% comparado ao mês anterior. Na comparação com igual período, março de 2022, houve aumento de 4,2%. No acumulado do ano, a produção de móveis registra 4,1%, quinto maior setor em alta. Enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, por outro lado, registra queda de 8% na produção de móveis, contudo com diminuição frente aos 10,4% e 12,8% anteriores. A média móvel trimestral teve queda de 0,6%.
Jan | Fev | Mar | |
Mês anterior | 2,6% | 0,2% | -4,3% |
Mesmo mês de 2022 | 9,2% | -0,7 | 4,2% |
Produção industrial
Em março de 2023, a produção industrial nacional cresceu 1,1% frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal. Na comparação com março de 2022, na série sem ajuste sazonal, houve crescimento de 0,9%. Com isso, o acumulado no ano foi de -0,4%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou estável (0,0%).
“Os dois primeiros meses de 2023 foram marcados por queda, embora não tivessem disseminação do resultado negativo entre as atividades. Em março, a maior parte das atividades também ficou no campo positivo e a indústria marcou um crescimento que não era visto desde outubro do ano passado (1,3%). Então há uma melhora de comportamento da produção industrial, especialmente considerando esse crescimento de magnitude mais elevada, mas ainda está longe de recuperar as perdas do passado recente”, explica o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo.
O pesquisador ressalta que há, na conjuntura do país, elementos que ajudam a explicar as dificuldades de recuperação do setor industrial. “Ainda permanecem no nosso escopo de análise as questões conjunturais, como a taxa de juros em patamares mais elevados, que dificultam o acesso ao crédito, a taxa alta de inadimplência e o maior nível de endividamento por parte das famílias, assim como o grande número de pessoas fora mercado de trabalho e a alta informalidade”.