Produção de móveis acumula alta de 5,9% e mantém ritmo de crescimento
Indústria moveleira mantém trajetória ascendente e acumula em janeiro de 2018 a maior alta desde 2012, segundo IBGE
Publicado em 6 de março de 2018 | 11:27 |Por:
A produção industrial de móveis em janeiro de 2018, no índice acumulado dos últimos 12 meses, teve crescimento de 5,9%, segundo a sondagem do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta terça-feira (6). Esta é a maior alta registrada pelo setor moveleiro desde que a trajetória ascendente recomeçou em setembro de 2017.
Trata-se também do índice mais elevado da indústria de móveis desde novembro de 2012, quando a alta acumulada chegou a 6,6%. A partir daquele período a produção de mobiliário começou a cair e só tornou a se recuperar cinco anos depois.
– Desempenho do setor moveleiro cresce em 2017, segundo Iemi
No comparativo com a produtividade industrial como um todo, que avançou 2,8% nos últimos 12 meses em janeiro, a fabricação de móveis manteve-se mais de três pontos percentuais acima da média.
O segmento de móveis foi a quinta categoria que mais contribui para a alta acumulada, ficando atrás somente de produtos de fumo (20,7%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (20,1%), veículos automotores (18,8%) e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (7%).
Produção industrial de móveis no comparativo com janeiro de 2017
A produção de mobiliário em janeiro também evoluiu 12,4% em comparação com o mesmo mês de 2017. No entanto o setor moveleiro, dentro dessa variável da pesquisa, não atingiu a marca recorde registrada em outubro de 2017, quando o crescimento foi de 18,4%. Mesmo assim apresenta-se como sinal de recuperação, tendo em vista que entre o período de dezembro de 2012 até abril de 2017 praticamente todos os indicadores foram negativos.
A indústria de modo geral ascendeu 5,7% em janeiro deste ano se comparada a janeiro de 2017. A categoria de móveis, novamente, foi uma das que mais influenciou o crescimento, estando a frente apenas a produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (32%), veículos automotores, reboques e carrocerias (27,4%), máquinas e equipamentos (15,6%), farmoquímicos e farmacêuticos (15,2%), e produtos de madeira (12,8%).
Janeiro começa fraco em comparação com dezembro
Na variação do mês imediatamente anterior, a produção industrial de móveis recuou 2,9% em relação a dezembro, registrando a maior queda mensal desde março de 2017, quando o índice foi de -13,6%.
Na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018, a atividade industrial como um todo teve perfil generalizado de queda, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, a principal influência negativa foi assinalada por veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,6%), seguido por produtos de borracha e de material plástico (-5,4%), produtos de metal (-4,9%), metalurgia (-4,1%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,3%).
Acesse aqui os dados da pesquisa completa (todos os setores)