Faturamento do setor de máquinas e equipamentos cresce 13,4% em setembro
Abimaq analisa com otimismo as possíveis reformas tributária, fiscal e da previdência anunciadas pelo novo presidente eleito
Publicado em 31 de outubro de 2018 | 17:42 |Por:
A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou, na tarde da última terça-feira (30/10), os dados conjunturais da indústria de máquinas e equipamentos. O faturamento do setor de máquinas e equipamentos obteve alta de 13,4%, em setembro, em relação ao mesmo mês do ano passado. Já, no acumulado do ano, o crescimento foi de 7,4%.
A Abimaq fez ainda uma análise de como vê o futuro do País e o setor de máquinas e equipamentos, com Jair Bolsonaro, na presidência.
Para a Associação, se o novo governo realmente sinalizar as reformas necessárias como a tributária e a fiscal e a da previdência, o empresário voltará a investir, uma vez que hoje, existe uma demanda reprimida.
“São cinco anos em que não se investe no Brasil e a população continua crescendo. O mercado no Brasil existe e há também mercado para exportar”, diz o presidente-executivo da Abimaq, José Veloso.
“O Brasil precisa trabalhar na competitividade e criar dentro do país uma mentalidade exportadora para atingir mercados, que lá fora estão em crescimento, mercados não industrializados, como a América do Sul, Oriente Médio e África”, acrescenta.
Além da alta no faturamento, outros dados positivos foram apresentados. O consumo aparente de máquinas e equipamentos teve crescimento de 13%, no ano (jan-set/2018). A carteira de pedidos em setembro registrou crescimento de 4,8%, em relação ao mês anterior (agosto).
Em relação ao número de pessoas ocupadas, a indústria de máquinas e equipamentos encerrou o mês de setembro com 301,4 mil pessoas ocupadas, um aumento de 0,5%, em relação ao mês de agosto de 2018, que já havia crescido 0,6%. Este é o nono crescimento consecutivo no setor neste tipo de análise.
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Parte importante da recuperação no faturamento do setor de máquinas e equipamentos, se deve à melhora das exportações e à valorização cambial. De janeiro a setembro as exportações cresceram 10,9%. No entanto, em setembro ante agosto, as exportações de máquinas caíram 24,7%. Na comparação com setembro do ano passado, os embarques de máquinas caíram 9,4%.
Em setembro houve também queda nas importações de máquinas e equipamentos. A queda ocorreu tanto em relação ao mês anterior (-12,6%) como em relação ao mesmo mês de 2017 (-3,1%). Embora a taxa de crescimento das importações tenha encolhido, o resultado deste ano sinaliza uma recuperação dos investimentos após quatro anos consecutivos de queda.
(com informações de assessoria)