Setor moveleiro gaúcho no 1º trimestre de 2023

Levantamento da Movergs, entidade que representa o segmento, mostra índices de faturamento, empregos e exportações do setor moveleiro gaúcho

Publicado em 17 de maio de 2023 | 16:00 |Por: Portal eMóbile

O setor moveleiro gaúcho, que passou por um período delicado entre 2019 e metade de 2020, logo seguido de crescimento atípico até o final de 2021, começou a se estabilizar em 2022. Agora, conforme a Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), é possível ter um panorama mais preciso, pois a base de comparação segue uma realidade mais equilibrada.

Baseada nos dados da Secretaria da Fazenda, a entidade apurou que o faturamento das 2.409 indústrias moveleiras do Rio Grande do Sul foi acima de R$ 2.7 bilhões (R$ 2.780.119.422,99) nos três primeiros meses de 2023 – aumento nominal de 7,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. A geração de empregos, segundo informações do Caged, teve alta de 34 postos de trabalho (são 36.761 pessoas empregadas no setor).

Gestão da água na indústria brasileira

Já as exportações de móveis, assim como o desempenho brasileiro, tiveram queda. O portal Comex Stat, do Governo Federal, indica que, de janeiro a março deste ano, as vendas de mobiliário gaúcho para fora do país totalizaram quase 52 milhões de dólares (US$ 51.717.885), mostrando uma retração de 21% no comparativo com o mesmo período de 2022. Os cinco principais importadores, em volume de transações, são: Estados Unidos, Uruguai, Peru, Chile e Reino Unido.

O presidente da Movergs, Euclides Longhi, destaca que, além das exportações, o consumo interno também diminuiu – mostrando que o mercado como um todo está mais acomodado. “As oscilações nas vendas para fora do Brasil têm muita relação com questões econômicas momentâneas dos países compradores e acreditamos ser possível melhorar esse cenário no decorrer do ano, especialmente com a realização das feiras Fimma e Movelsul, em agosto, que vão trazer importadores dos principais mercados-alvo para o setor”, comenta.

Quanto às vendas no varejo, que recuaram 10,6% no Brasil e 1,6% no Rio Grande do Sul, Longhi lembra que muitas pessoas já fizeram suas compras no ápice da pandemia, quando estavam equipando suas casas, mas acredita que é possível reestimular o consumo. “Controlar a inflação e baixar os juros, além de uma reforma tributária que não onere as empresas e a população, são medidas econômicas que com certeza beneficiariam os segmentos de bens duráveis, como os móveis”, explica.

Fimma e Movelsul

De 28 a 31 de agosto, as feiras Fimma Brasil (realizada pela Movergs) e Movelsul Brasil (realizada pelo Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves – Sindmóveis), reunirão mais de 500 marcas expositoras no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. O principal encontro de negócios do setor moveleiro nacional vai conectar a cadeia de madeira e móveis de ponta a ponta: Fimma com expositores que são fornecedores da indústria moveleira e de marcenarias, e Movelsul com fabricantes de móveis, colchões e complementos. Juntas, atraem profissionais dos mais diversos segmentos em busca de lançamentos, inovação e negócios.

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