Tarifa de Trump afetaria exportações de móveis; Abimóvel emite nota

Tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode afetar as exportações de móveis; Abimóvel busca diálogo

Publicado em 10 de julho de 2025 | 16:45 |Por: Thiago Rodrigo

Os Estados Unidos anunciaram tarifa de 50% por meio do presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros. As tarifas terão de ser pagas a partir de 1º de agosto caso o Brasil e outros países não firmem um acordo comercial com os EUA. O governo brasileiro anunciou buscar o diálogo que, se não ocorrer, responderá com base na Lei da Reciprocidade Econômica. Se mantido o “tarifaço”, as exportações de móveis seriam afetadas. Diante disso, a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), emitiu comunicado propondo diálogo diante da ação dos EUA – leia a nota na íntegra.

Abimóvel propõe diálogo diante de nova tarifa dos EUA

A Abimóvel – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário – manifesta profunda preocupação e acompanha com atenção a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto de 2025.

Os Estados Unidos são historicamente o principal destino das exportações brasileiras de móveis e colchões. Em 2024, o país respondeu por 27,6% do total exportado pelo setor, o que confirma sua relevância estratégica para a indústria nacional.

A elevação expressiva, unilateral e repentina da tarifa – que leva o Brasil do piso (10%) ao teto (50%) do atual pacote de reestruturação tarifária imposto pelo governo americano – não apenas encarece e compromete a competitividade dos produtos brasileiros no mercado dos EUA, como também afeta contratos e relações comerciais já estabelecidas, impactando uma cadeia produtiva que desempenha papel relevante na geração de investimentos, empregos e renda em diversas regiões do país.

Produção de móveis cai em abril

Diante desse cenário, a Abimóvel defende a abertura de canais institucionais de negociação entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, com o objetivo de buscar alternativas que preservem o fluxo de comércio e evitem prejuízos desproporcionais às indústrias brasileiras. A manutenção de relações comerciais equilibradas, baseadas na previsibilidade, na estabilidade regulatória e no respeito mútuo, é essencial para a sustentabilidade dos mercados e das parcerias internacionais de longo prazo.

A associação permanece à disposição das autoridades, dos parceiros comerciais e das empresas do setor para colaborar com informações técnicas e inteligência estratégica, contribuindo para a defesa, o fortalecimento e o posicionamento global de nossa indústria moveleira, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento econômico do Brasil.

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