Transporte dos resíduos na logística reversa

Setor de transporte rodoviário de cargas busca ter papel mais efetivo para colaborar com a logística reversa, enquanto empresas de móveis e eletroeletrônicos contam suas práticas

Publicado em 15 de novembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

O Brasil recicla apenas 2,1% do total dos resíduos coletados segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi criada em 2010 para ajudar na destinação correta de todo e qualquer resíduo sólido que foi reproduzido, vendido, consumido. Segundo a legislação, a sobra deve voltar e ser de responsabilidade da empresa e da indústria para dar a destinação correta para o resíduo retornado. Cada tipo de resíduo classificado precisa ter um destino correto de acordo com a própria lei.

Os benefícios para toda cadeia produtiva e sociedade com o controle de resíduos que gera a redução do impacto ambiental são inúmeros com a logística reversa bem executada. Com esse controle, é possível mitigar, cada vez mais, o descarte de materiais de forma errada, principalmente porque a maioria dos resíduos são nocivos para o meio ambiente e podem causar um grande estrago se houver o contato. Essa sustentabilidade e a conscientização com a preservação ambiental, gera economia de recursos com práticas mais eficientes, além de também trazer inovação e oportunidade para diversos setores.

Política de ESG da Abicol

Muitas empresas possuem políticas de logística reversa no qual recolhem os resíduos dos produtos que são fabricados por elas próprias. Por exemplo, a indústria farmacêutica tem programas para o recolhimento de embalagens de medicamentos. “Também existe para o transporte rodoviário de cargas, a reciclagem de pneus, baterias, entre outros materiais. Esse processo deveria ser aplicado em uma escala bem maior, a fim de reduzir, cada vez mais, o impacto que os resíduos geram no meio ambiente”, assinala Gislaine Zorzin, diretora administrativa e de novos negócios da Zorzin Logística.

Contudo, não é o que acontece. Por isso, o setor de transporte de cargas enxergam mudanças na maneira em como a área encara essa situação. Para reverter o cenário por meio de ações em suas empresas, Gislaine acredita na mobilização dos administradores em controlar os resíduos gerados pelas instituições. “Os investimentos na área serão cada vez maiores, uma vez que a preocupação com o meio ambiente e a responsabilidade do fabricante em controlar os resíduos gerados estão mais evidentes”, aponta.

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