Vendas online: fabricantes faturam R$ 2,5 bi em 2018

Os varejos respondem por mais da metade (51%) das venda realizadas pela internet no Brasil

Publicado em 24 de junho de 2019 | 19:16 |Por: Larissa Bartoski de Sena

As vendas online efetuadas diretas ao consumidor por sites de fabricantes de bens de consumo (D2C – direct to consumer, na sigla em inglês), atingiram R$ 2,5 bilhões em 2018. Valor que representa alta de 20% em relação a 2017, de acordo com a Ebit Nielsen, considerada referência em informações sobre o comércio eletrônico brasileiro.

Na comparação entre os períodos, o número de pedidos cresceu de 5,2 milhões para 7,5 milhões, resultando em uma alta de 43%. Em resumo, atingiu quase quatro vezes mais do que a média do mercado, que foi de 11%. Já o tíquete médio retraiu 16,1% na comparação entre os períodos, passando de R$ 403 para R$ 338. Entretanto, este dado mostra a entrada de novos fabricantes no e-commerce, principalmente de produtos de consumo imediato.

A pesquisa também mapeia, de forma exclusiva, a atual divisão do e-commerce por operação. Os varejos tradicionalmente físicos que entraram no e-commerce, os chamados “bricks and clicks” (tijolos e cliques, na tradução livre), respondem por mais da metade (51%) das vendas online realizadas pela internet no Brasil. Esses players faturaram R$ 27 bilhões em 2018, alta de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Já as empresas que nasceram online, os “pure players”, representam 44,3% das vendas (R$ 23,6 bilhões, ou seja, alta de 11%). Enquanto os “Fabricantes.com” (D2C) já respondem por 4,8% do total faturado (R$ 2,5 bilhões, crescimento de 20%). “A participação dos fabricantes ainda é pequena, na comparação com o todo, mas, tal número mostra um fato interessante. Quem entrou no ponto.com e soube usá-lo obteve resultado”, explica a head da Ebit Nielsen, Ana Szasz.

Fabricantes.com

Os números da pesquisa mostram que os fabricantes.com puxaram discretamente o crescimento do e-commerce em 2018. Este tipo de operação ganhou 0,4 ponto percentual de participação, na comparação com 2017. Isto é, passaram de 4,4% para 4,8%. “É interessante notar que a rota do fabricante.com também segue a rota do e-commerce, quando notamos o aumento de pedidos e queda do tíquete médio. Ou seja, novos fabricantes, e principalmente os de produtos de consumo mais imediato, chegaram ao e-commerce”, conta Ana.

De acordo com pesquisa realizada pela Ebit Nielsen com 1.707 consumidores, entre 9 e 12 de maio de 2019, mais de 50% pesquisam se o fabricante do produto desejado dispõe de um e-commerce. Consumidores que buscam por smartphones (71%), eletrônicos (65%), eletrodomésticos (65%), moda/acessórios (63%), cosméticos/perfumaria (58%), automotivos (36%) e alimentos (28%) são os que apontam o Fabricante.com como opção de compra. Melhor preço (65%), promoções (59%) e confiança na origem fazem parte dos principais atributos destacados para a escolha de comprar direto do fabricante.

“Entrar no e-commerce não é apenas vender produtos. É uma demanda mista entre a soma de produto, serviço e conteúdo”, Ana Szasz, head da Ebit Nielsen

“Para os fabricantes que estão ou desejam entrar neste universo, vale refletir sobre a alta exigência de experiência e serviços por parte dos consumidores. Como por exemplo, a satisfação instantânea quanto ao custo e prazo de frete, bem como a customização de pagamentos,” pontua Szasz.

(com informações de assessoria)

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