Dicas para marcenarias no processo de colagem de fitas de borda

Fabricantes de adesivos e colas dão dicas para um ótimo desempenho das marcenarias no processo de colagem de fitas de borda

Publicado em 17 de setembro de 2025 | 08:00 | Por: Thiago Rodrigo

As colas hot melt são a tecnologia adesiva predominante e mais eficiente para a colagem de fitas de borda em processos industriais, devido a uma combinação de fatores como velocidade de produção, facilidade de aplicação, versatilidade, custo-benefício, limpeza e segurança.

Velocidade de produção: a principal vantagem do hot melt é seu tempo de colagem extremamente rápido. Ao serem aplicados, resfriam e solidificam quase instantaneamente, permitindo que as peças sejam manuseadas e processadas logo após a colagem.

Facilidade de aplicação: são aplicados em estado líquido (quente) e solidificam ao resfriar, sem a necessidade de solventes ou catalisadores.

Versatilidade: os adesivos hot melt podem utilizar diferentes bases: EVA, PUR, PO, podendo ser adaptadas a diferentes tipos de fitas de borda (Papel, PVC, ABS, melamina, madeira natural) e substratos (MDF, MDP, compensado, madeira).

Limpeza e segurança: por serem 100% sólidos e não conterem solventes, os hot melts são mais seguros e não agridem o meio ambiente. Além disso, o processo de aplicação é geralmente mais limpo, com menos resíduos.

Custo-benefício: considerando a velocidade de produção, a durabilidade da colagem e a otimização do processo, o hot melt oferece um excelente custo-benefício.colagem de fitas de borda

“Para que as marcenarias alcancem a excelência nos processos de colagem de fitas de borda com adesivos hot melt, a Artecola, como especialista, disponibiliza a CTA – Consultoria Técnica Artecola que pode ajudar nossos clientes e parceiros com: capacitação e treinamento contínuo da equipe; padronização e monitoramento de processos; escolha dos insumos e materiais de qualidade; ambiente de trabalho otimizado”, destaca Fernando Cardoso, gerente comercial Brasil da Artecola.

Para as marcenarias terem ótimos processos de colagem de fitas de borda, escolher corretamente o adesivo de acordo com as características do equipamento, é uma dica dada por Rangel Martins, gerente comercial da Kisafix. Ele lembra também que se deve seguir sempre a orientação que consta no boletim técnico do produto, estar atento à temperatura de aplicação e às mudanças de temperatura ambiente.

André Luis Abrão, gerente comercial da Amazonas, salienta que o marceneiro deve ter foco em trabalhar com produtos de alta performance. “Fazemos um trabalho para avaliar o custo final da operação, esta ação demonstra na pratica qual a importância e ganhos de trabalhar com produtos de alta qualidade”, diz ele. Também é recomendado a revisão periódica dos processos e produtos utilizados, com algumas perguntas devendo serem feitas:

O produto selecionado ainda atende aos requisitos do projeto? A escolha do adesivo deve considerar o ambiente de uso final, como áreas úmidas, por exemplo. Como está o padrão da linha de cola? A linha de cola deve ser uniforme e invisível, garantindo estética e resistência. Novos produtos foram lançados no mercado que podem melhorar seus processos de fabricação?

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“Um exemplo são os adesivos sem carga, disponíveis em tecnologias EVA, PO e PUR da Jowat, que permitem aplicação reduzida e aparência de ‘linha de cola zero’, com transição perfeita entre fita e painel. Para superfícies claras, a versão branca do adesivo pode ser mais indicada”, assinala Pia Strompen, gerente global de produtos da Jowat. Independente da escolha, é essencial verificar constantemente os resultados obtidos e a equipe técnica da companhia se coloca à disposição para prestar todo o suporte.

As dicas para marcenarias no processo de colagem de fitas de borda estão ligadas ao tipo do equipamento disponível para a aplicação que, são na maioria dos casos coladeiras de bordas manuais ou semiautomáticas. “As máquinas de colagem de bordas manuais exigem um nível maior de envolvimento do operador que deve estar atento à temperatura do adesivo, nesta operação a movimentação da peça depende dele e variações na pressão podem trazer problemas de colagem”, explica Rubens Castro, gerente da unidade de negócios de Adesivos Industriais para Móveis e Construção da Henkel.

As máquinas semiautomáticas oferecem um equilíbrio entre as operações manuais e automáticas. Neste tipo de equipamento, os parâmetros mais importantes são o ajuste da temperatura do adesivo bem como o ajuste do sistema de esteira que faz a movimentação automática, aplica o adesivo e corta a fita nas extremidades. Para os dois casos, manual e semiautomática, o acabamento se dá após o processo de colagem de forma manual.

“Para marcenarias recomendamos a aquisição de equipamentos compatíveis com o fluxo de produção, de coladeiras manuais a automáticas, o que garante um processo adequado é o conhecimento do adesivo através do boletim técnico e o ajuste dos parâmetros de processo respeitando a diversidade de materiais e limites dos equipamentos”, define Castro.

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