Marcenaria: uma profissão milenar que segue em alta
Responsável pela maior parte da mobília de uma casa, móvel de marcenaria tem o papel de organizar, ampliar e embelezar os ambientes
Publicado em 19 de março de 2025 | 09:15 |Por: Thiago Rodrigo

Neste dia 19 de março é celebrado o Dia do Marceneiro e do Carpinteiro, duas das mais antigas profissões da humanidade que são, de certa forma, coirmãs, a carpintaria e a marcenaria. A data também homenageia o carpinteiro mais famoso de todos os tempos, José, o pai adotivo de Jesus Cristo, chamado de São José para os cristão católicos.
A proximidade entre o trabalho do carpinteiro e do marceneiro está sobretudo na matéria-prima principal que usam, a madeira. Mas as semelhanças entre os dois ofícios podem estar apenas aí. Os carpinteiros atuam mais na construção civil e trabalham diretamente com a madeira bruta, transformando-a em estruturas de sustentação ou pisos. Já os marceneiros usam a madeira de forma mais refinada para a confecção de móveis.
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Atuando como marceneiro há mais de 42 anos, Antônio Abel Rosa conta que herdou do pai o ofício de marceneiro e que hoje, junto com seu sócio, atende na Grande Goiânia e até fora de Goiás. “Meu pai era um marceneiro nato desde os anos 40, então eu nasci e segui esse ramo. Deixei o comércio, em 1974, para labutar nessa área e estou nela até hoje”, afirma Antônio, de 66 anos.
Do alto dos seus mais de 40 anos de experiência profissional, Antônio Rosa aponta a chegada de mais tecnologia como a principal mudança no ofício da marcenaria. “Hoje está mais simples, porque eu sou da época da marcenaria raiz, em que você pegava a madeira bruta e produzia o móvel do zero, praticamente. Hoje é muito mais fácil e mais seguro com a tecnologia. É totalmente diferente de anos atrás, é muito mais prático”, aponta o marceneiro.
Transformação da marcenaria
Transformar uma chapa de madeira em um móvel bonito e funcional é o que traz mais satisfação a Antônio nesta profissão. “Você pega um projeto no papel e transforma-o em realidade. Pega um produto básico, a chapa, e o transforma em um móvel bonito, que traz ornamentação para um ambiente e a felicidade do cliente, é isso que me faz estar nessa profissão até hoje”, destaca.
Responsável pela coordenação de arquitetura da Yutá, a arquiteta Adriana Borges explica que a parceria entre os arquitetos e marceneiros são essenciais na hora de mobiliar uma casa ou apartamento, uma vez que, enquanto um idealiza a ocupação do espaço, o outro executa o mesmo.
“Um bom marceneiro requer em seu trabalho uma execução exímia, de acordo com o que foi definido e aprovado pelo cliente no projeto. Acho que entre os grandes diferenciais de bom marceneiro estão a alta qualidade técnica, o atendimento de pós-entrega, a garantia e qualidade de seus produtos e da sua montagem”, salienta a arquiteta.
Marcenaria em toda a casa
Segundo a arquiteta, a marcenaria hoje está presente em todos os ambientes de uma casa, e graças ao mobiliário, os espaços são mais bem otimizados e organizados. Por isso mesmo, é um dos itens mais onerosos na hora da mobília. “Podemos considerar que, em alguns casos, ele chega a equivaler de 25 a 30% do valor total do imóvel”, afirma a arquiteta.
Ela lembra ainda que um bom projeto de marcenaria agrega um impacto visual à decoração, ela cita como exemplo os decorados do Synergia Bueno, de 75 m² ou de 122 m², projetados, respectivamente, pela arquiteta Juliana Sabbatini; e as arquitetas Thalita Bessa e Mayara Lopes, e executados pela marcenaria do Antônio Rosa.
“No tocante à marcenaria, o que mais chama a atenção nos decorados do Synergia é o aproveitamento de todo o espaço conforme o conceito do projeto, destacando o mobiliário. A marcenaria de alta qualidade e inovadora traz também um ambiente atemporal, em que o luxo não está na marca, mas sim na qualidade do produto e na exclusividade do projeto”, salienta a arquiteta
Tendências e atualização
Falando sobre tendências, a arquiteta afirma que a marcenaria, como todo elemento em uma decoração, também tem sua moda e suas tendências. “Temos hoje um mercado voltado aos acabamentos naturais, às texturas, às formas orgânicas e cores neutras, mas sempre mantendo toda sofisticação nos detalhes e finalização, tendo também o conjunto em metais e ferragens de boa qualidade e tecnologia”, pontua Adriana.
E tal como os arquitetos, Antonio Rosa também avalia que o marceneiro precisa também estar atualizado com as novidades e tendências. “Se você não adequar a situação, você está fora do mercado. E o mercado te puxa e te conduz para essa necessidade de se atualizar sempre. Tem que se atualizar e estudar as novidades”, ressalta.
Além das tradicionais serras, plainas e martelos, adesivos de alto desempenho são essenciais para um resultado de excelência. Esses produtos garantem fixação segura e acabamento refinado, substituindo métodos convencionais que exigem mais tempo e esforço.
O portfólio da Cascola atende diversas categorias e oferece soluções para cada tipo de necessidade. No segmento de cola branca de PVA, a marca conta com a Cascorez Extra, um adesivo de alta força de colagem e fácil aplicação, e a Cascorez Artesanato, que combina colagem extraforte, secagem transparente, resistência e alta flexibilidade. Ideal para profissionais do artesanato.
Na linha de colas de contato, um dos destaques é a Cascola Tradicional e a Extra Forte, ambas sem Toluol, para garantir a segurança e saúde dos profissionais. É muito utilizada por carpinteiros, sapateiros e decoradores por sua excelência na fixação de diversos materiais.
Outra inovação é a linha ‘Não Mais Pregos’, que apresenta adesivos de montagem que dispensam pregos e parafusos. Desenvolvida com tecnologia avançada, ela permite um acabamento mais limpo e seguro, sem a necessidade de furar paredes, evitando barulho, sujeira e danos em instalações hidráulicas. Disponível em embalagens de 360g (cartucho) e 85g (bisnaga).
“O avanço da tecnologia trouxe mais eficiência para o trabalho manual. Hoje, profissionais contam com adesivos que oferecem alta aderência, resistência e tecnologia, reduzindo a necessidade de perfurações e tornando o processo mais ágil e seguro”, afirma Letícia Corrêa, Gerente de Categoria da Cascola.