Exportações de móveis: o efeito da pandemia

Exportações de móveis sofrem queda, mas ainda que contribuam pouco para o bom resultado do faturamento no setor moveleiro, são importantes para alavancar a cadeia do mobiliário

Publicado em 18 de agosto de 2020 | 10:05 |Por: Thiago Rodrigo

A pandemia de covid-19 trouxe sérios efeitos econômicos à generalidade do mundo, em especial no segundo trimestre de 2020. Um relatório publicado logo em maio já mostrava os primeiros impactos no setor moveleiro, com as Exportações de móveis caindo 10.1% em relação ao mesmo período do ano anterior. E se é certo que, no seu conjunto, as exportações de mobiliário contribuem com muito pouco para o total das vendas, sendo cerca de 7% do faturamento total, aquele indicador não deixa de ser um sinal importante de problemas futuros. Naturalmente, os “quatro grandes” da exportação moveleira (Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná) mantêm sua preponderância em relação às exportações moveleiras totais nacionais.

A reação da indústria

Naturalmente que a indústria está reagindo. Tal como apontado recentemente, o polo moveleiro de Bento Gonçalves já notou uma inversão da tendência de queda nos meses de maio e junho. Apesar dos atrasos na entrega de matérias-primas e de uma tendência geral para o aumento de preços, o setor moveleiro está caminhando para a recuperação.

As exportações poderão ser uma “arma secreta” nesta ou pelo menos um recurso a explorar mais ativamente. Esse recurso será tanto mais valioso quanto maior for a recessão econômica no Brasil comparada com seus vizinhos, numa avaliação que ainda é incerta. No mais, porque a situação pandêmica continua preocupante.

Exportações de móveis: o poder da internet

A exportação é uma ferramenta que está ao alcance de qualquer empresa, seja grande ou pequena. Pode parecer uma grande ousadia para empresários com um histórico de atividade local, ou para empresas que estão apenas começando. Mas tudo depende da forma como a empresa se vê a si própria e usa os recursos a sua disposição.

Alguns empresários ainda veem a relação entre internet e potencial de exportação como algo que resulta de um lance de sorte. Como se a exportação online fosse uma jogada de caça-níquel, semelhante aos que se encontram nos sites de cassino online. O usuário cria sua conta de jogador, escolhe uma slot da sua preferência e investe algum dinheiro; se tiver sorte, conseguirá um prêmio. Jogar slots em cassino pode ser divertido, mas é diferente de lançar um negócio.

Varejo brasileiro aposta em live commerce

Os passos importantes para iniciar um processo de exportação são bem conhecidos. É necessário avaliar a capacidade de negócio, estudar a concorrência local e não esquecer a parte burocrática (nomeadamente o Registro do Exportador). A legislação local também deve ser tida em consideração.

Onde a internet pode fazer a diferença é na capacidade de comunicação. Os custos de comunicação nunca foram tão baixos como agora, quer para chegar ao cliente final, quer para chegar a intermediários locais que possam atuar como seus revendedores. Explorar o mercado local e falar com negociantes locais insatisfeitos com a oferta de que dispõem é fácil e barato, e pode ser o primeiro passo para você encontrar um nicho no exterior. A partir desse nicho, você pode conseguir um maior conhecimento do mercado local e orientar-se de modo a fazer crescer o negócio.

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