Movergs e Sindmóveis se mobilizam face às enchentes no RS

As consequências das fortes chuvas que impactam o Rio Grande do Sul nos últimos dias deixam um sentimento indescritível de tristeza entre os gaúchos. Milhares de pessoas estão desabrigadas ou desalojadas em diversas regiões do estado – muitas delas perderam tudo o que tinham. Na maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, 345 municípios foram impactados (o estado conta com 497 municípios no total).

A Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) informa em nota que se solidariza com todos e entende que, neste momento, é preciso deixar que as autoridades atuem com o foco nos resgates. “Assim como em setembro de 2023 e em todos os outros episódios de calamidade, temos certeza de que a união da comunidade é muito grande”, diz a nota assinada pelo presidente Euclides Longhi.

A Movergs se mantém em contato e articulada para apoiar as indústrias impactadas e que precisarão de reparos. “A união entre sociedade, poder público e setor privado faz e fará toda a diferença neste momento tão delicado. Os gaúchos podem ter certeza de que, no momento oportuno, as indústrias moveleiras do estado mais uma vez serão solidárias para colaborar com a reconstrução dos seus lares”, informa a nota.

Para fazer doações, a Movergs divulga os seguintes caminhos
PIX do Governo do Estado do RS: 92.958.800/0001-38 (CNPJ)
PIX da Abimóvel: 42.592.857/0001-98 (CNPJ)
PIX do CIC-BG: financeiro@cicbg.com.br

O Sindmóveis apoia a campanha de arrecadação do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), com objetivo de arrecadar recursos que serão investidos na reconstrução dos acessos a Bento Gonçalves – tanto na conexão com os distritos quanto na interligação do município às cidades.

Segundo a entidade, qualquer valor pode ser enviado à chave PIX financeiro@cicbg.com.br ou por depósito bancário (Banco Sicredi, agência 0167, conta 07006-2 / Insc. Isento). Já o governo do Estado está aceitando doações pela chave PIX 92.958.800/0001-38 (CNPJ).

Nota do sindicato assinada pela presidente, Gisele Dalla Costa, destaca que a Serra gaúcha, mais uma vez, enfrenta um cenário de crise causado por eventos climáticos. “Os resgates já foram concluídos na região, mas ainda há muito trabalho a ser feito. Precisamos de ajuda e doações dos mais diversos tipos. Nossa sugestão é acompanhar os canais oficiais das Prefeituras para saber o que cada município mais precisa no momento”, destaca.

Quando oportuno, Sindmóveis e Movergs vão sensibilizar o setor moveleiro em uma campanha de doações de móveis para tentar amenizar um pouco de todo esse sofrimento. “Acreditamos na união entre empresários, entidades, instituições, poder público e comunidade para que tão logo possamos superar esse cenário”, acrescenta.

Setor moveleiro do Rio Grande do Sul

Segundo Euclides Longhi, presidente da Movergs, a maioria das indústrias moveleiras gaúchas trabalha com estoque de matérias-primas, mas é possível haver uma ruptura na produção por falta de alguns itens dentro de 15 a 20 dias. Em geral, empresas que possuem centro de distribuição em outros estados mantiveram seu faturamento e entrega. As empresas com centros de distribuição no Rio Grande do Sul estão buscando rotas alternativas para escoar a produção e já conseguem realizar entregas em São Paulo – mesmo que os prazos possam ser um pouco mais longos.

“Ainda estamos fazendo um levantamento junto às indústrias do estado, mas é possível que algumas tenham reduzido ou até mesmo parado a operação. A Movergs está em contato com as empresas e percebe que as indústrias estão genuinamente preocupadas com seus funcionários, algumas inclusive prestando apoio psicológico”, destaca Longhi.

“É uma questão que realmente precisa do poder público para reparar e liberar as estradas para que consigamos retomar com segurança. Especialmente na Serra gaúcha, toda a verba arrecadada a partir da campanha do CIC-BG será mobilizada para esta limpeza de estradas”, acrescenta.

Enquanto mobilização, a Movergs entende que neste momento o foco ainda é em salvar vidas no estado, em especial região metropolitana de Porto Alegre e na região central. Na Serra Gaúcha os resgates foram finalizados, mas ainda há muito trabalho a ser feito. “Assim que o foco for a reconstrução dos lares, com certeza a entidade vai sensibilizar para doação de móveis. Junto às empresas, já estamos avaliando qual a situação de cada indústria para que possamos apoiá-las na retomada dos negócios”, diz.