Confiança avança, mas comércio recua em agosto
Setor de móveis e eletrodomésticos deve registrar crescimento entre setembro e novembro, apesar da retração no varejo geral
Publicado em 16 de setembro de 2024 | 08:24 |Por: Júlia Magalhães
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE subiu 0,3 ponto em agosto, atingindo 93,2, marcando a terceira alta consecutiva. Nas médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,3 ponto, chegando a 92,4. Segundo a economista Anna Carolina Gouveia, essa melhora foi impulsionada tanto pela percepção atual quanto pelas expectativas futuras, especialmente entre consumidores de renda superior a R$ 9.600,00. “A atividade doméstica se mantém resiliente, com mercado de trabalho aquecido e inflação sob controle. No entanto, o ritmo mais lento de crescimento sugere cautela para o futuro”, afirma.
O Índice de Expectativas (IE) subiu 0,3 ponto, atingindo 101,4, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) avançou para 81,9, seu maior nível desde novembro de 2023. O indicador de perspectivas econômicas futuras cresceu 2 pontos, chegando a 111,4. Por outro lado, as expectativas para as finanças familiares recuaram 2,3 pontos, para 104,8, enquanto a percepção sobre as finanças pessoais caiu levemente (0,3 ponto), ficando em 70,7. Já a avaliação da economia local subiu 0,9 ponto, atingindo 93,4.
Confiança dos empresários também segue em alta
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE registrou alta de 0,3 ponto em agosto, atingindo 97,9, seu maior nível desde setembro de 2022. Desde fevereiro, o índice acumula crescimento de 4,3 pontos, com seis meses consecutivos de alta.
“O aumento do Índice da Situação Atual em agosto indica que o nível de atividade se mantém favorável no terceiro trimestre, apesar da baixa confiança no comércio e da leve queda no Índice de Expectativas Empresariais”, avalia o superintendente de estatísticas do FGV IBRE, Aloisio Campelo Jr.
Comércio mostra sinais de retração
Por outro lado, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) recuou 1,8 ponto em no oitavo mês do ano, atingindo 89,1, após leve alta no mês anterior. Nas médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,8 ponto, chegando a 90,1.
O setor ainda sofre com as incertezas econômicas e o impacto das altas taxas de juros nas vendas futuras. Apesar da redução do pessimismo em relação à demanda, as expectativas de vendas permanecem fracas.
O Índice de Expectativas do Comércio (IE-COM) caiu 5,5 pontos, para 87, seu menor nível desde fevereiro, com o indicador de expectativas para os próximos seis meses recuando 6,9 pontos. Em contrapartida, o Índice de Situação Atual do Comércio (ISA-COM) subiu 2 pontos, alcançando 91,9, e o volume de demanda subiu 4,2 pontos, revertendo três meses de queda.
Vendas de móveis e eletrodomésticos devem crescer
Apesar da retração prevista para o varejo geral, com queda de 0,10% entre setembro e novembro, o segmento de “móveis e eletrodomésticos” deve registrar um crescimento de 1,89%, segundo o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar).
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