Confiança do consumidor atinge o maior nível desde 2014
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE continua sua trajetória de avanço pelo quarto mês consecutivo, atingindo 96,8 pontos
Publicado em 8 de setembro de 2023 | 09:30 |Por: Júlia Magalhães
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE continua sua trajetória de avanço pelo quarto mês consecutivo, registrando um aumento de 2,0 pontos em agosto, atingindo 96,8 pontos. Esse é o nível mais elevado desde fevereiro de 2014, quando alcançou 97,0 pontos. No cenário das médias móveis trimestrais, o índice apresentou um aumento de 2,9 pontos, marcando a quinta alta consecutiva e chegando a 94,6 pontos.
A economista do FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia, ressaltou que “após acumular quatro meses de resultados positivos, a confiança do consumidor atinge o maior nível desde 2014, período imediatamente anterior ao início da recessão econômica daquele ano. O resultado de agosto foi influenciado principalmente pela melhora da percepção dos consumidores sobre a situação atual e de expectativas ligeiramente mais otimistas em relação aos próximos meses.”
Ela também observou que esses resultados favoráveis refletem a continuidade da recuperação do quadro macroeconômico, a resiliência do mercado de trabalho e o início de programas voltados para a quitação de dívidas. Gouveia expressou a expectativa de que a confiança do consumidor possa retornar ao nível neutro de 100 pontos nos próximos meses, algo que não ocorre desde o fim de 2013.
No mês de agosto, a alta do ICC foi impulsionada principalmente pela melhora da percepção em relação à situação atual. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 4,6 pontos, alcançando 81,4 pontos, o nível mais alto desde janeiro de 2015 (81,6 pontos), enquanto o Índice de Expectativas (IE) permaneceu relativamente estável, com uma variação de apenas 0,2 ponto, atingindo 107,6 pontos após três altas consecutivas.
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Melhora da percepção na confiança do consumidor
Em relação às avaliações sobre o cenário atual, o indicador que mede a satisfação com a situação econômica local subiu 3,8 pontos, chegando a 90,9 pontos, acumulando mais de 10 pontos em sua sétima alta consecutiva e atingindo o maior nível desde agosto de 2014 (91,2 pontos).
O indicador que mede as avaliações sobre as finanças familiares também registrou uma variação mais significativa, aumentando 5,3 pontos para 72,3 pontos, após permanecer relativamente estável no mês anterior. Apesar de estar em um patamar baixo, essa é a primeira vez que ele retorna ao nível pré-pandemia.
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