Confiança do consumidor recua

Após uma série de altas, em outubro, as Sondagens do FGV IBRE apontaram uma queda na confiança do consumidor

Publicado em 13 de novembro de 2023 | 07:48 |Por: Júlia Magalhães

Após uma série de altas, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE registrou um recuo de 3,8 pontos em outubro – atingindo 93,2 pontos, o menor nível desde junho deste ano (92,3 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice cedeu 0,5 ponto, interrompendo seis meses consecutivos de alta, e alcançou 95,7 pontos.

De acordo com a economista do FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia, taxa foi influenciada pela piora das expectativas para os próximos meses e uma acomodação em relação à situação atual. O resultado negativo abrange todas as variáveis, classes de renda e capitais, levantando um sinal de alerta.

A transição das expectativas da zona de otimismo para a zona de neutralidade pode estar relacionada à desaceleração dos setores econômicos e preocupações sobre a resiliência do mercado de trabalho, fator crucial na recuperação da confiança dos consumidores.

A queda da confiança em outubro ocorreu tanto nas avaliações sobre o momento atual quanto nas expectativas para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) cedeu 0,7 ponto, atingindo 82,5 pontos após quatro altas consecutivas, enquanto o Índice de Expectativas (IE) registrou uma queda de 5,8 pontos, chegando a 100,9 pontos.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o índice que mede o otimismo em relação à situação econômica futura foi o que mais influenciou a piora da confiança, caindo 6,0 pontos para 111,2 pontos, o menor nível desde novembro de 2022 (110,6 pontos).

Queda além da confiança do consumidor

Também foi observada uma queda nos demais: o indicador das perspectivas para as finanças familiares caiu 5,5 pontos para 96,9 pontos – o menor nível desde março deste ano, enquanto o ímpeto de compras de bens duráveis, que vinha acumulando altas nos últimos quatro meses, registrou uma queda de 4,8 pontos, passando para 94,7 pontos.

Houve uma piora nas percepções sobre as finanças pessoais e a economia local, com indicadores cedendo 0,7 e 0,8 ponto, alcançando 73,9 e 91,4 pontos, respectivamente.

A queda da confiança abrange todas as faixas de renda, sendo influenciada principalmente pela piora das expectativas para os próximos meses, exceto para consumidores de menor poder aquisitivo (com renda até R$ 2.100,00), que se mostraram mais satisfeitos com a situação atual no momento.

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