Consumidor segue otimista, revela pesquisa do FGV

Dados mostram aumento do otimismo na maioria das faixas de renda. Consumo das famílias segue aumentando, mas juros ainda preocupam empreendedores

Publicado em 27 de agosto de 2024 | 11:45 |Por: Everton Lima

Em julho, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado pela FGV IBRE, registrou um aumento de 1,8 ponto em relação a junho, marcando a segunda alta consecutiva. Esse crescimento foi impulsionado principalmente por expectativas positivas quanto ao futuro, especialmente nas finanças das famílias.

“A confiança dos consumidores subiu novamente em julho, devido à melhora nas expectativas para os próximos meses, com destaque para o indicador de situação financeira futura das famílias. Entretanto, a percepção dos consumidores sobre a situação atual permaneceu estável, sem mudanças significativas. O aumento da confiança tem sido mais forte entre as faixas de renda mais baixa, refletindo um mercado de trabalho mais aquecido e o controle da inflação, fatores fundamentais para a percepção desses consumidores”, explica a economista da FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia.

Consumidor planeja comprar bens duráveis

Ainda segundo a FGV, o otimismo dos consumidores pode beneficiar o setor moveleiro, já que há uma maior disposição para a compra de bens duráveis. ”

Entre os componentes do ICC, o quesito sobre as perspectivas para as finanças futuras das famílias teve a maior influência no aumento da confiança em julho, avançando 6,7 pontos para 107,1, o nível mais alto desde agosto de 2023, quando foi 107,5 pontos. Da mesma forma, o índice que mede o ímpeto de compras de bens duráveis cresceu pela segunda vez consecutiva, subindo 2,7 pontos para 84,0″, informa a entidade.

Das quatro faixas de renda analisadas, apenas a faixa entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600 apresentou pessimismo em relação ao futuro. A confiança aumentou nas outras três faixas, com destaque para os consumidores de menor poder aquisitivo, que mantêm expectativas mais otimistas.

Em julho, todas as faixas registraram um Indicador de Expectativas (IE) em nível neutro de 100 pontos, algo que não acontecia desde setembro do ano passado.

Nível de incerteza se estabiliza

No sétimo mês do ano, o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da FGV caiu ligeiramente, com uma redução de 0,3 ponto, atingindo 110,3 pontos. No entanto, a média móvel trimestral do indicador subiu 1,3 ponto, para 111,3 pontos.

Anna Carolina observa que o IIE-Br se manteve quase estável no final de julho, apesar de uma alta significativa de incerteza até meados do mês, seguida por uma queda compensatória.

Confiança empresarial sobre

Em julho, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE aumentou 1,3 ponto, atingindo 97,6 pontos, após três meses de estabilidade. A média móvel trimestral também subiu 0,4 ponto.

“O crescimento da confiança empresarial foi amplamente observado em diversos setores econômicos, indicando uma aceleração da atividade no início do terceiro trimestre”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.

A Indústria de Transformação e o Setor da Construção foram os destaques, registrando aumentos expressivos e níveis de confiança mais elevados que os de outros setores. Além disso, os setores de Serviços e Comércio reverteram a tendência de queda do segundo trimestre, contribuindo para a maior alta do ICE neste ano.

A elevação do ICE em julho foi impulsionada por avanços em seus dois índices componentes. O Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) subiu 0,6 ponto, alcançando 97,4 pontos, graças à melhora nas projeções para os próximos seis meses. O indicador que mede essa percepção subiu 1,4 ponto, atingindo 99,3 pontos, o maior valor desde setembro de 2021.

Por outro lado, o indicador de demanda para os próximos três meses permaneceu estável, com uma leve queda de 0,1 ponto, para 95,6 pontos.

O Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) cresceu 1,9 ponto, chegando a 97,8 pontos. Os componentes que avaliam a percepção da demanda corrente e a situação atual dos negócios aumentaram 2,6 e 1,1 pontos, respectivamente, atingindo 98,4 e 97,2 pontos.

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