Demanda por móveis de luxo aumenta no último bimestre

Apesar da queda nas vendas de móveis em grandes varejistas, demanda por artigos de luxo continua crescendo e deve surpreender no fim do ano

Publicado em 30 de novembro de 2022 | 07:12 |Por: Dominyque

Na contramão do grande varejo moveleiro, a venda de móveis de luxo tem tendência de aumento entre o último bimestre de 2022 e o começo de 2023. Pesquisas anteriores já constatavam este nicho de mercado como um investimento em potencial e, agora, indicam recorde histórico de vendas. O aumento constante na demanda pode incentivar cada vez mais fabricantes e lojistas a investirem neste segmento.

Em síntese, móveis de luxo são peças exclusivas, feitas sob medida e com materiais da mais alta qualidade. Encomendadas por compradores de maior poder aquisitivo,  também têm, atrelados ao projeto, algum conceito histórico-cultural e, principalmente, a assinatura de designers renomados. Costumam, ainda, fazer parte do planejamento arquitetônico de casas e apartamentos em condomínios de alto padrão.

Dito isso, apesar da venda limitada que se espera de artigos de luxo, o caminho inverso é comprovado por um levantamento da consultoria alemã Statista. Segundo a pesquisa, o mercado global de móveis de luxo chegou a €45 bilhões em 2021 – um aumento de 18% em relação a 2020 e um recorde nos últimos dez anos. No Brasil, tal crescimento supera, proporcionalmente, até mesmo as vendas dos móveis de departamento.

O consumo de móveis de luxo no Brasil

Segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, a venda de móveis em grandes varejistas recuou 9,9% durante o primeiro semestre deste ano. O consumo dos móveis de luxo, por sua vez, não dá sinais de desaceleração. Este sucesso nas vendas, vale notar, não é uma surpresa para o mercado, como já temos publicado ao longo dos anos. 

Ainda em 2018, por exemplo, divulgamos informações do Boletim de Tendências sobre Móveis de Luxo do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). No período da matéria, que tratou, dentre outros temas relacionados, da alta demanda por tecidos assinados que chegam a custar US$ 12 mil/metro, o segmento já movimentava R$ 7 bilhões ao ano.

Com efeito, até o final de 2022, empresas e associações do setor estimam que o crescimento total beire a faixa dos 30%. Esta previsão tem base em cálculos levantados justamente durante a Pandemia – quando houve crescimento de 50% nas vendas desses artigos de luxo. Com a retomada do mercado, em especial do imobiliário, já em curso, empresas devem estar atentas para não perderem a oportunidade de investir nesses artigos tão requisitados.

Fique atento às novidades do segmento através do emobile.com.br.

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