Exportações de móveis alcançam US$ 73,2 milhões em julho
Segundo Abimóvel, a França esteve em destaque como terceiro maior destino das exportações brasileiras de móveis e colchões em julho
Publicado em 10 de outubro de 2022 | 06:20 |Por: Thiago Rodrigo
Depois de crescer 2,5% em junho frente a maio, a indústria brasileira entrou no primeiro mês do segundo semestre exportando cerca de US$ 73,2 milhões (FOB) em móveis prontos e colchões. Resultado satisfatório, mas que representa um recuo de 1,8% quando comparado com o mês anterior e de aproximadamente 11% em relação a igual mês em 2021.
Com tal desempenho, o acumulado do ano continua em queda: -1,5% de janeiro a junho e -3,5% até julho, comparando-se a iguais períodos do ano passado. Ano, este, marcado pela expansão das exportações no setor moveleiro, que, como já previsto no balanço de 2021, divulgado pela Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), deve se manter em ritmo bastante superior ao do pré-pandemia, estabilizando-se, contudo, entre 2022 e 2023, após um crescimento superior a 500% nos últimos cinco anos.
– Oportunidades para exportações para o Reino Unido
Apesar dos recuos em algumas variações, portanto, ao analisarmos os últimos 12 meses, vemos um aumento de mais de 10,5% no montante exportado pela indústria brasileira de móveis e colchões. Confirmando a tendência positiva nas exportações brasileiras também neste ano.
Os indicadores são extraídos da “Conjuntura de Móveis” e do “Monitoramento das Exportações de Móveis”, relatórios mensais desenvolvidos pelo Iemi – Inteligência de Mercado com exclusividade para a Abimóvel, que, em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), é também responsável pelo Projeto Setorial Brazilian Furniture, de incremento às exportações e à internacionalização do design e da indústria moveleira nacional.
Exportações moveleiras por linha de produto
Por linha de produto, nota-se que os móveis de madeira representaram 82,8% do total exportado pelo País no sétimo mês do ano. Isto é, cerca de US$ 58 milhões (FOB). A segunda maior participação foi da linha de móveis estofados, com uma parcela de 11,3%. Por fim, móveis de metal e colchões tiveram uma participação de 3,6% e 2,3%, respectivamente.
Na variação mensal, observou-se que dois segmentos apresentaram crescimento quando comparados com julho de 2021: móveis de metal (+24,4%) e estofados (+21,7%).
A exportação de móveis de madeira, no entanto, que representa o maior montante exportado pelo Brasil no setor do mobiliário, apresentou queda de 15,5% em julho. Queda também observada no segmento de colchões, que recuou 21%. Ambos na comparação mensal.
Principais destinos dos móveis e colchões brasileiros
Os Estados Unidos permaneceram como principal destino do mobiliário brasileiro no exterior durante o início da segunda metade do ano, recebendo 43,8% das exportações. Enquanto o Uruguai, na segunda posição, recebeu 7,4% do volume exportado pela indústria de móveis brasileira.
Na comparação mensal, o destaque foi a França, com um crescimento de 186,3%. Resultado de fato relevante, considerando que o país europeu é agora o terceiro maior destino das exportações brasileiras de mobiliário, com parcela de 6,4% do total. No ano, as exportações com destino ao país europeu já acumulam crescimento de 60,8%. Em 12 meses, o avanço é de 63,3%.
Demais resultados positivos na variação mensal foram observados nos seguintes mercados: Colômbia (+11,2%), Emirados Árabes Unidos (+1,7%), Estados Unidos (+1,3%), Panamá (+16,2%) e, o mais expressivo desta lista em termos de salto positivo, México (+ 221,2%).
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