Exportações de móveis crescem em fevereiro
Acumulado das exportações de móveis do primeiro bimestre, no entanto, é menor do que em anos anteriores, segundo Abimóvel
Publicado em 27 de abril de 2023 | 16:00 |Por: Thiago Rodrigo
Apesar de terem aberto o ano em queda, as exportações brasileiras de móveis e colchões voltaram a crescer em fevereiro de 2023, segundo a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário). No segundo mês do ano, as exportações do setor totalizaram US$ 49,4 milhões, alta de 9,6% comparado ao mês anterior.
O crescimento na passagem de janeiro para fevereiro, contudo, não foi o bastante para contornar o recuo acumulado no primeiro bimestre de 2023, quando somou US$ 94,6 milhões em valores exportados. Ficando, dessa forma, 27,5% abaixo do desempenho da atividade em igual período em 2022. Nos últimos 12 meses, as exportações brasileiras de móveis e colchões acumulam queda de 16,9% em receita.
Os dados fazem parte de levantamento exclusivo do Iemi para o Projeto Setorial Brazilian Furniture, iniciativa idealizada pela Abimóvel e pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), com o objetivo de impulsionar a participação da indústria brasileira de móveis no mercado global, a partir de ações estratégicas com vista às exportações.
Exportações de móveis e colchões
Apesar do declínio, a Balança Comercial do setor no primeiro bimestre do ano continuou positiva (US$ 65,3 milhões), dando continuidade ao desempenho sólido da indústria brasileira do mobiliário no comércio exterior.
Quanto ao volume exportado, foram mais de 1,3 milhões de peças ao longo do mês de fevereiro. Número que representa um crescimento de 8,9% na comparação com o mês anterior. Dessa forma, foram exportadas mais de 2,5 milhões de peças de móveis e colchões no primeiro bimestre de 2023.
“As exportações brasileiras de móveis vão além da venda de produtos, elas representam a exportação de materiais únicos, de inovação, design, sustentabilidade, estilo de vida e uma marca forte que o Brasil tem conquistado no mercado internacional”, diz o presidente da Abimóvel, Irineu Munhoz.
Perspectivas para as exportações
Embora tenham demonstrado recuperação no segundo mês do ano, as exportações brasileiras de móveis e colchões se mostram abaixo dos resultados conquistados no início dos dois últimos anos, quando chegaram ao pico da atividade.
O comportamento pode ser atribuído a diversos fatores, como a desestabilização do dólar americano em 2023 e às dificuldades logísticas enfrentadas durante a pandemia, que culminam agora em falta de contêineres e em aumento nos custos de transporte.
– Leia os melhores indicadores do setor moveleiro
Em relação a isso, ressalta-se a importância do constante investimento em infraestrutura e logística para melhoria da competitividade e do ambiente de negócios com vista ao impulsionamento da indústria brasileira no mercado global.
“É fundamental que o setor público e privado trabalhem em uníssono para a criação e ampliação de políticas de incentivo à exportação, como a redução de impostos e a simplificação de processos, bem como no incremento produtivo e da qualidade de nossos produtos para que possamos chegar cada vez mais longe”, conclui o presidente da Abimóvel.