Exportações de móveis e colchões estabilizam em maio

As exportações de móveis e colchões avançaram em maio de 2023, retomando o volume perdido após a queda na atividade durante o mês anterior. Em abril, a indústria brasileira de móveis e colchões registrou uma queda de 14,7% nas exportações, com um valor de US$ 59,1 milhões em produtos exportados. Isso, após um mês de março bastante aquecido, que avançou 40%.

Em maio, segundo monitorado pela Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário, as vendas de móveis e colchões brasileiros para o exterior voltaram a se estabilizar, somando US$ 67,3 milhões: uma retomada de 14% sobre o mês anterior, retornando a níveis similares aos do terceiro mês do ano (US$ 69,2 milhões).

O bom desempenho em março e maio, porém, não foi suficiente para reverter o cenário inferior na atividade nos primeiros cinco meses deste ano frente a igual período no ano passado. Entre janeiro e maio de 2022, a indústria brasileira de móveis e colchões exportou mais de US$ 341,89 milhões. Nos cinco primeiros meses de 2023, contudo, o valor exportado foi de US$ 290,26 milhões, ou seja, declínio de 15,1%.

– Produção de móveis recua

O acumulado nos últimos 12 meses até maio sofreu uma queda de 16,3%. O montante é também menor do que em igual período em 2021, ano referência para as exportações brasileiras do setor, quando foram exportados US$ 349,57 milhões em móveis e colchões entre janeiro e maio. Os dados fazem parte de levantamento do Iemi, com base nos dados oficiais da balança comercial brasileira, para o Projeto Setorial Brazilian Furniture.

Enquanto um dos fatores que podem justificar tal comportamento seja a forte retração no valor de bens e serviços no cenário global, o volume de móveis e colchões exportados em 2023 também se mostra aquém dos resultados obtidos nos últimos anos. Ao considerar o período de janeiro a maio, observa-se uma regressão no total de peças exportadas pela indústria moveleira nacional ano a ano: 11,7 milhões em 2021; 9,4 milhões em 2022; e 7,8 milhões em 2023.

Apesar das flutuações, a indústria moveleira nacional segue com uma balança comercial positiva e em linha com as projeções estabelecidas. Mesmo após avanços significativos nas importações do setor moveleiro — que cresceram 3,6% na passagem de março para abril e 43,5% em maio —, a atividade ainda se encontra 1,4% abaixo do montante importado entre janeiro e maio do ano passado e com um recuo de 17,9% nos últimos 12 meses. Com os produtos importados mantendo participação de 2,6% no consumo interno aparente de móveis e colchões ao longo de 2023.