Indústria de móveis alcança 2º melhor resultado do ano
Segundo Abimóvel, produção da indústria de móveis em julho é o segundo melhor resultado do ano, com 32 milhões de peças produzidas
Publicado em 17 de outubro de 2022 | 07:59 |Por: Thiago Rodrigo
No sétimo mês do ano foram produzidas 32 milhões de peças. Com isso, segundo dados do relatório “Conjuntura de Móveis”, da Abimóvel, é o segundo melhor resultado de 2022, superando o volume produzido em junho. Apesar do recuo na comparação mês a mês em junho, após um salto produtivo em maio, os últimos dois meses colaboraram para recuperar o ritmo de produção ao final da primeira metade do ano.
Com isso, a retração no acumulado deste ano em relação a igual período no ano passado vem diminuindo: -22,6% até maio; -19,8% até junho; e agora -19,1% até julho. O preço médio de produção de móveis foi de R$ 191,83 por peça no sétimo mês do ano, aumento de 0,63% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano houve aumento de 0,67%
Em valores, a receita da indústria de móveis alcançou o montante de R$ 6,1 bilhões em julho de 2022. Aumento também de 2% sobre o mês anterior. No acumulado de janeiro a julho, contudo, a queda foi de 11,2%.
Consumo interno de móveis
O consumo aparente de móveis e colchões foi de 31 milhões de peças, número que representa crescimento de 3,2% em relação ao mês anterior. No acumulado de janeiro a julho de 2022, a queda foi de 19,8%, quando comparado com o mesmo período do ano passado.
A participação dos produtos importados sobre o consumo interno nacional foi de 2,1% em julho de 2022. O Brasil importou cerca de US$ 11,8 milhões em móveis e colchões em julho de 2022, o que representa uma alta de 67,6% na comparação com o mês anterior. Já no mês seguinte, em agosto de 2022, as importações apresentaram aumento de 14,4%, atingindo o montante de US$ 13,5 milhões.
Em relação às exportações de móveis e colchões produzidos pela indústria brasileira, por outro lado, estas alcançaram US$ 73,2 milhões em julho comparado com junho. Em agosto, a atividade apresentou alta de 3,2% comparado com o mês anterior, atingindo o montante de US$ 75,6 milhões.
Desempenho da indústria de móveis
As importações de máquinas para fabricação de móveis também vêm crescendo, ficando na casa dos 41,1% nos sete primeiros meses do ano. Desempenho espelhado também pelo volume do emprego na indústria moveleira, que cresceu 1,9% em julho no comparativo com o mês anterior, recuperando em parte as perdas acumuladas no ano: -2,2% de janeiro a julho de 2022.
– Segurança e conectividade em componentes para móveis
Números que vêm acompanhando um avanço bastante aguardado também no varejo. As vendas em volume de peças no comércio varejista nacional apresentaram alta de 9,9% em julho no comparativo com o mês anterior. Já em faturamento, o aumento registrado na variação mês a mês foi de 10,6% na passagem de junho para julho de 2022.
O impacto inflacionário sobre o preço dos móveis e colchões para o consumidor final no varejo, porém, continua sendo um problema. Segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os preços nacionais de mobiliário apresentaram aumento de 1,10% em julho sobre junho e de 1,60% em agosto frente ao mês anterior. No acumulado do ano, o índice registra um acúmulo de 14,49% no nível de preços.
A “Conjuntura de Móveis” é um relatório mensal desenvolvido pelo Iemi com exclusividade para a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário).
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