Produção de móveis em 2018 é 0,3% menor do que ano anterior
Com o resultado, setor moveleiro fica abaixo da média geral da indústria e de bens de consumo duráveis
Publicado em 4 de fevereiro de 2019 | 15:41 |Por:
No acumulado do ano, a produção de móveis em 2018 fechou com taxa de -0,3% no comparativo com o 2017, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com este resultado, o setor moveleiro nacional ficou abaixo da média da indústria geral, cujo crescimento foi de 1,1%, e também da categoria de bens de consumo duráveis (7,6%), na qual se insere.
Embora em queda desde o mês de maio, a produção da indústria moveleira no acumulado do ano permanecia com resultado positivo até novembro (0,6%). No entanto os fortes recuos da fabricação em dezembro colocaram o segmento na margem dos indicadores negativos.
– Exportação de móveis em 2018 é a maior dos últimos 10 anos
Na passagem de novembro para dezembro a fabricação de móveis recuou 4,7%. No comparativo entre dezembro de 2018 e o mesmo mês de 2017 a queda foi ainda maior: -9,5%. Estes foram os menores resultados do setor no ano, com exceção do mês de maio, quando o país sofreu a paralisação dos caminhoneiros.
A produção de móveis em 2018 foi também menor do que a registrada no acumulado de 2017, quando o segmento atingiu alta de 4,5%, influenciado sobretudo pela alta da demanda por produtos de mobiliário no período pós-crise econômica.
Mesmo que tenha encolhido 0,3%, o ritmo da produção de móveis em 2018 foi ainda maior do que o registrado nos anos de 2016 (-10,1%), 2015 (-13,8%) e 2014 (-7,3%) – triênio marcado pela recessão econômica que atingiu fortemente vários segmentos industriais.
Indústria geral e bens duráveis
A produção da indústria como um todo, embora tenha crescido 1,1%, ficou abaixo do desempenho de 2017, que fechou em 2,5%. Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, apesar de a taxa ter sido positiva no acumulado do ano, a indústria perdeu ritmo nos últimos meses de 2018. O quarto trimestre, inclusive, fechou com queda de 1,1% frente ao trimestre anterior.
“Atividades como alimentos, metalurgia e bebidas, que mostraram comportamento positivo no início do ano, perderam intensidade ao longo dos meses”, explica Macedo.
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os doze meses de 2018 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (7,6%), impulsionados, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (10,8%) e eletrodomésticos da “linha marrom” (4,4%).