Varejo deverá ter desempenho positivo no final de 2024

As vendas no varejo brasileiro devem encerrar 2024 em alta, segundo o Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IAV-IDV). O trimestre final do ano, impulsionado por datas importantes como Black Friday e Natal, promete resultados expressivos, com crescimento nominal de até 8% nos meses de outubro a dezembro.

Os dados do IAV-IDV projetam alta de 7,9% em outubro, 8,0% em novembro e 7,0% em dezembro. Em setembro, o setor já havia registrado um avanço de 3,8%. Mesmo ao considerar a inflação ajustada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE, o cenário continua positivo, com crescimento real projetado de 3,2% em outubro, 3,4% em novembro e 2,4% em dezembro, apesar de uma leve retração de 0,6% em setembro.

O segmento de móveis e eletrodomésticos também apresenta boas perspectivas. Em setembro, o setor registrou um aumento de 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado, com projeções de 3,6%, 4,3% e 4,4% para os meses seguintes. Esses números reforçam a força do setor, especialmente em meses estratégicos como novembro e dezembro, quando eventos como Black Friday atraem consumidores e impulsionam as vendas.

Segundo o estudo, o setor espera encerrar 2024 com um avanço de 15% nas vendas, impulsionado especialmente pelas datas sazonais. A redução do endividamento das famílias e o fortalecimento do mercado de trabalho são apontados como fatores-chave para o consumo nesse período estratégico.

Dados recentes reforçam o otimismo para o varejo

Além das projeções do IAV-IDV, dados da empresa de meios de pagamento Stone reforçam o otimismo para o trimestre final de 2024. Em outubro, as vendas no varejo cresceram 4% em relação ao mesmo período do ano anterior e 2,5% frente a setembro.

Segundo o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, Matheus Calvelli, o mês foi positivo tanto para lojas físicas quanto on-line. “O setor também teve um bom desempenho no recorte regional e entre os segmentos analisados, recuperando boa parte da queda do mês anterior”, afirmou Calvelli. Especificamente no setor de móveis e eletrodomésticos, houve um aumento de 1,6% no décimo mês do ano.

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