Varejo moveleiro: perspectivas último trimestre do ano
O último trimestre do ano comumente é cercado de expectativas no varejo moveleiro e a confiança do consumidor e do comércio estão em alta
Publicado em 4 de outubro de 2022 | 08:38 |Por: Júlia Magalhães
Este mês entramos no último trimestre, período que comumente é cercado de expectativas no varejo moveleiro, uma vez que grandes datas comemorativas acontecem nesse período. Contudo, além da Black Friday e Natal, em 2022, acontece a Copa do Mundo. Com início em 20 de novembro, o maior evento esportivo do mundo tem reflexos bastante importantes no Brasil.
De acordo com recente pesquisa da Nielsen e Toluna, 50% dos brasileiros pretendem fazer compras na Black Friday para se prepararem para assistir aos jogos do Mundial da FIFA. Entre os itens mais buscados estão eletrodomésticos (televisão, máquina de lavar roupa), celular ou tablet, moda, notebook ou PC e móveis.
No geral, o termômetro do consumo para a Black Friday parece positivo: 62% dos entrevistados disseram que costumam comprar/contratar mais produtos/serviços na Black Friday.
“O último trimestre, também conhecido como ‘super trimestre’, está cheio de eventos e para as marcas é importante entender como estas datas se relacionam e como vão impactar no comportamento do consumidor.” – Sabrina Balhes, líder de Measurement da Nielsen Brasil
Entre as empresas mais associadas à Black Friday, segundo o estudo, as Top 10 elencados pelos entrevistados são: Lojas Americanas (22%), Magalu (17%), Samsung (10%); Amazon (10%); Casas Bahia (8%); Mercado Livre (3%), Shoppe (3%); Nike (2%); Adidas (2%) e Apple (1%).
Por fim, uma das principais conclusões do estudo é que as marcas têm espaço para influenciar em decisões de compra. O caminho para isto é focar na adequação da mensagem para os consumidores, potencializando os resultados.
Confiança do consumidor e comércio avançam
Outros indicadores importantes para respaldar o atual trimestre, são os últimos dados de Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), unidade da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE avançou 5,4 pontos em setembro, para 89,0 pontos. Com isso, atingiu o maior nível desde janeiro de 2020 (90,4 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 3,3 pontos, para 84,0 pontos.
“A confiança dos consumidores sobe pelo quarto mês consecutivo influenciada pelas perspectivas mais otimistas em relação aos próximos meses, que pela primeira vez atingem os 100 pontos desde março de 2019. Tal resultado parece estar relacionado com a queda nas expectativas de inflação dos consumidores para os próximos 12 meses e um aumento do otimismo em relação ao mercado de trabalho. Há um aumento na intenção de consumo, exceto para os consumidores de renda mais baixa, o que reflete ainda dificuldades dessa classe”, afirma a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt.
Divulgação: FGV IBRE
No entanto, Viviane pondera que é necessário ter cautela nesses resultados, considerando uma política monetária ainda restritiva e a possibilidade de desaceleração da atividade econômica, que reduziria a velocidade de recuperação do mercado de trabalho.
Já o Índice de Confiança do Comércio (ICOM), também do FGV IBRE, sobe 2,4 pontos em setembro. Passou de 99,4 para 101,8 pontos, o maior nível desde janeiro de 2019 (102,3 pontos). Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador subiu 1,3 ponto, no sétimo resultado positivo consecutivo.
Divulgação: FGV IBRE
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