Belo Horizonte: disposição para comprar bens duráveis ainda é baixa

Dados da Fecomércio MG mostram que o belo-horizontino está mais otimista, mas ainda não se sente seguro para comprar bens duráveis

Publicado em 18 de abril de 2023 | 07:46 |Por: Everton Lima

O Índice de Consumo das Famílias (ICF) medido pela Fecomércio MG para a cidade de Belo Horizonte cresceu novamente, chegando a 91,7 pontos em março. No mês de fevereiro, o ICF estava em 87,9 pontos. O ICF é considerado satisfatório quando chega aos 100 pontos.

O motivo do aumento do indicador em Belo Horizonte está relacionado à satisfação dos entrevistados com o emprego atual. Nesse tópico, o ICF marcou 123,7 pontos, superando não só o ICF do mês de fevereiro, como o de março de 2022.

Os belo-horizontinos  ainda mostraram otimismo em relação ao crescimento profissional neste ano.

“A perspectiva profissional também apresenta melhora com 114,0 pontos, sendo que, para 54,7% dos entrevistados, o responsável pelo domicílio terá alguma melhoria profissional nos próximos seis meses. A expectativa se mostra favorável tanto para as famílias que ganham até 10 salários-mínimos (53,0% delas) quanto para as que ganham acima de 10 salários-mínimos (65,9%)”, diz a pesquisa.

Expectativa de consumo de bens duráveis ainda é baixa na cidade

Apesar de estarem mais otimistas, parte dos entrevistados acredita que perdeu capacidade de compra em relação a março de 2022. “Para 52,7% deles, a família está comprando menos em comparação com 2022, sendo que 21,4% afirmam comprar mais atualmente”, diz o estudo.

Uma possível explicação para essa queda no consumo está no endividamento das famílias, que ainda é alto na capital mineira. De cada 10 belo-horizontinos, quase sete têm pelo menos uma conta atrasada há mais de 30 dias.

Por outro lado, uma parcela dos entrevistados notou um aumento de renda entre março de 2023 e março de 2022: “Para 37,9% dos entrevistados, a renda da família está melhor em comparação com o mesmo período de 2022”, diz a entidade.

Todavia, a falta de crédito e as dívidas têm desmotivado os moradores da cidade a comprarem bens duráveis, como móveis.

“A expectativa de adquirir bens duráveis, que exige desembolso maior dos consumidores, embora tenha subido de um mês para outro, continua em patamar baixo. Veio de 39,0 em fevereiro para 43,9 em março refletindo pouca disposição para esse consumo específico. Os que acham mau o momento para os duráveis atinge 76,9% dos entrevistados”, informa a Fecomércio MG.

 

 

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