Comércio local é a principal opção de compra de quase 80% das pessoas

Pesquisa da CNDL mostra que o comércio local ainda tem a preferência do consumidor, mas o varejo eletrônico cresceu mais de quatro vezes desde 2017

Publicado em 5 de abril de 2023 | 15:55 |Por: Everton Lima

Se você mora há muitos anos no mesmo bairro, é provável que conheça pelo nome muitos comerciantes locais. Essa proximidade entre clientes e empresas parece estar morrendo com o avanço do e-commerce, certo? Errado!

Ao contrário do que pode parecer, o comércio local ainda conta com uma grande simpatia do público. Quem diz isso é a nova pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil.

O estudo revelou que quase 8 em cada 10 brasileiros preferem fazer suas compras perto de casa. O índice caiu um pouco em cinco anos. Em 2017, eram quase nove em cada dez.

Ainda assim, a predominância do comércio local na vida dos entrevistados é muito alta. Para se ter uma ideia, o segundo ambiente de preferência de compra são as lojas próximas ao local do trabalho, citadas por apenas 8% dos participantes.

Na sequência, aparecem as lojas virtuais (6%) e os aplicativos de compras (5%). Assim, o varejo online soma 11% e assume a segunda colocação na pesquisa.

Todavia, é importante frisar o crescimento desse tipo de varejo na comparação com o estudo de 2017. Naquela época, ele somava apenas 2,6%, sendo que 2% dos entrevistados afirmavam comprar pelas lojas virtuais e apenas 0,6% pelos aplicativos.

Leia também: 64% dos brasileiros não têm marcas favoritas

Por que comprar perto de casa?

A pesquisa buscou entender os motivos que fazem com que a imensa maioria dos entrevistados prefiram fazer suas compras perto de casa.

“Acessibilidade e localização foram apontadas por 17%. Em seguida, aparecem o costume e o conhecimento do local (15%); o preço (9%); e a possibilidade de evitar trânsito (8%), entre outros motivos. As razões mais citadas para as compras perto do trabalho foram basicamente os mesmos: a agilidade e facilidade (21%), a localização e acessibilidade (16%), o conforto e comodidade (15%), a possibilidade de evitar o trânsito (13%) e os preços (10%)”, diz o estudo.

Como vimos, as lojas físicas são entendidas pelos clientes como “acessíveis” e “convenientes”. Adjetivos que normalmente são associados apenas ao comércio eletrônico.

Já entre aqueles que preferem comprar pela internet, o grande diferencial é o preço: “Considerando os motivos de quem compra mais pela internet, o ranking muda: os preços aparecem em primeiro lugar, mencionados por 52%. Em seguida, são citados a agilidade / facilidade (16%); o conforto / comodidade (14%); a variedade de produtos e serviços (6%); e a possibilidade de evitar o trânsito e o engarrafamento (6%)”, afirma o estudo.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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