Cor do ano 2026: Pantone anuncia Cloud Dancer

O Cloud Dancer, tom branco etéreo e sereno, foi anunciado pela Pantone como a Cor do Ano de 2026. Esta é a primeira vez que a autoridade global em cores escolhe um tom off-white como protagonista, marcando uma inflexão simbólica em um cenário global de estímulos intensos e hiperconectividade.

Segundo o Pantone Color Institute, a tonalidade representa “um neutro branco elevado”, evocando simplicidade, leveza e foco. A proposta é oferecer uma sensação de paz e contemplação em tempos de aceleração tecnológica e excesso de informações. A cor foi apresentada oficialmente nesta quinta-feira (4).

Um novo começo em branco

Para a diretora executiva do instituto, Leatrice Eiseman, a escolha reflete uma necessidade coletiva de clareza. “O PANTONE 11-4201 Cloud Dancer é um tom de branco discreto que oferece uma promessa de clareza”, afirma. Já a vice-presidente do Pantone Color Institute, Laurie Pressman, destaca que a cor simboliza a busca por equilíbrio entre inovação tecnológica e conexão humana.

A empresa define a cor como uma espécie de “tela em branco”, que convida ao relaxamento e à criatividade. A proposta é encorajar pausas conscientes e valorizar a introspecção como parte da força pessoal e coletiva. A nuance também expressa um desejo por contentamento, unidade e coesão.

De acordo com a Pantone, Cloud Dancer harmoniza com tons quentes, terrosos ou tecnológicos, o que amplia sua aplicabilidade em diversos setores criativos, do design de interiores à moda e tecnologia.

Aplicações da cor do ano 2026 no design e na indústria

No vestuário, o tom se adapta tanto a peças minimalistas quanto a modelagens mais volumosas. A Pantone aponta que tecidos como lãs felpudas e chiffons fluidos são boas escolhas para compor visuais que priorizam conforto e bem-estar. Já nos acessórios, a tonalidade permite combinações com todas as cores, mantendo uma estética de sofisticação sutil.

Na beleza e na maquiagem, a cor atua como base para estilos minimalistas ou artísticos, e ganha destaque em unhas, olhos e até coloração capilar, sempre com apelo moderno e versátil. O conceito se estende ao design de interiores, onde o Cloud Dancer traz amplitude e serenidade a espaços como cozinhas e banheiros, criando atmosferas que promovem o relaxamento.

No universo do design gráfico e de embalagens, a cor expressa uma estética refinada. Segundo a Pantone, seu uso transmite sustentabilidade e compromisso ambiental quando associada a materiais como papel reciclado ou fibra moldada.

Divulgação Pantone

Parcerias com grandes marcas

A cor de 2026 já está em destaque em diversas colaborações oficiais. A Motorola, por exemplo, lançou uma edição do motorola edge 70 com acabamento na cor Cloud Dancer. Com tela brilhante, acabamento em couro vegano e detalhes em cristais Swarovski, o modelo representa um equilíbrio entre design e tecnologia.

A marca PLAY-DOH também se uniu à Pantone para lançar uma edição especial da massa de modelar na nova cor. Já a Post-it® inclui o tom em sua nova Coleção Neutralidade, voltada à organização criativa de ideias.

Outras parcerias incluem a marca Command™, com acessórios decorativos; a Pura, com fragrâncias inspiradas na cor; o grupo hoteleiro Mandarin Oriental, com ativações sensoriais em suas unidades; e a Joybird, com uma coleção de móveis e acessórios personalizados em Cloud Dancer.

A iniciativa integra um projeto criativo contínuo da Pantone, que prevê edições limitadas assinadas por artistas ao longo do ano. A primeira delas é uma sacola criada por Emiliano Ponzi, artista visual italiano, que interpreta a cor em uma linguagem visual gráfica e conceitual.

Significado simbólico da escolha

Desde 2000, a Pantone define anualmente uma cor que representa tendências sociais, culturais e comportamentais em escala global. A escolha de Cloud Dancer para 2026 reforça um desejo coletivo de reconexão, equilíbrio e novos começos, em um cenário global de mudanças rápidas e constantes.

A decisão, no entanto, gerou reações diversas nas redes sociais. Enquanto parte do público celebrou a aposta no minimalismo, outros consideraram a escolha “básica demais”. Ainda assim, a escolha da Pantone sinaliza uma tendência clara: o retorno ao essencial como resposta ao excesso.

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