IA só converte quando parece humana
Especialista aponta os principais erros na criação de agentes de IA e explica como torná-los mais eficazes na comunicação com o público
Publicado em 4 de dezembro de 2025 | 08:00 |Por: Julia Magalhães

Apesar do avanço da inteligência artificial no ambiente corporativo, a experiência dos consumidores com agentes automatizados ainda apresenta desafios. Segundo o relatório Customer Service Trends 2025, publicado pelo portal The Future of Commerce, 60% dos entrevistados se frustram ao perceber que estão interagindo com uma IA.
Outros 58% afirmam que trocariam de marca se não houver uma forma simples de acessar atendimento humano.
Para Jenifer Calvi, head de produto e negócios da Irrah Tech, a solução passa por criar agentes que simulem interações mais naturais. “Frases como ‘desculpe pela espera’ ou ‘vou verificar isso para você’ fazem diferença. Quanto mais humana a IA parecer, maior a chance de conexão, confiança e conversão”, afirma.
Erros comuns na implantação de agentes de IA
Entre os principais problemas identificados, Jenifer destaca a comunicação excessivamente robotizada e sem empatia. “Respostas frias e formais afastam o cliente. A experiência precisa ser mais fluida, com linguagem adaptada ao perfil do público”, diz.
Outro ponto crítico é a ausência de objetivos claros. Sem função definida e métricas como taxa de resolução ou tempo médio de atendimento, o agente atua de forma limitada. Problemas de integração também comprometem a eficácia.
“Não adianta ter um chatbot simpático se ele não acessa preços ou não agenda compromissos. Isso quebra o fluxo de atendimento”, exemplifica.
A qualidade dos dados alimentados também é fundamental. Informações desatualizadas ou mal organizadas geram respostas equivocadas e retrabalho. Além disso, Jenifer reforça que o monitoramento constante é indispensável. “Ajustes semanais, mesmo que pequenos, fazem diferença no longo prazo”.
Soluções baseadas em linguagem natural
Para preencher essas lacunas, plataformas como o GPT Maker, da Irrah Tech, permitem criar agentes conversacionais com linguagem natural e identidade de marca. A ferramenta é usada em mais de 70 países e permite treinar assistentes com base em conteúdos internos, ajustar tom de voz e incluir regionalismos.
O sistema também oferece integração com WhatsApp, Instagram, sites e APIs, além de recursos como ingestão de documentos, controle de dados prioritários, histórico de conversas e painéis de análise. “O futuro do atendimento não é substituir pessoas, mas potencializar interações com empatia e precisão”, conclui a especialista.







