Metaverso no varejo: quais as possibilidades?

Na prática, o metaverso pode ser entendido como uma evolução da internet, como se pudéssemos entrar na web e não apenas vê-la por uma tela

Publicado em 6 de outubro de 2022 | 15:34 |Por: Everton Lima

No início deste ano, o bilionário americano, Marck Zuckerberg, explicou que o futuro da sua empresa, a Meta, estava no “metaverso”. Imediatamente, esse termo se tornou popular, fazendo com que negócios de todo o mundo passassem a ter curiosidade pela nova empreitada do fundador do Facebook.

Antes de mais nada, é importante esclarecer que não foi Zuckerberg quem cunhou o termo. Foi o escritor norte-americano Neal Stephenson o primeiro a usar a palavra, em seu romance Snow Crash, em 1992.

No livro, os Estados Unidos não existem. No lugar do país, existem várias cidades-estados, controladas pela elite local. É nesse mundo distópico que o protagonista da trama, Hiro Protagonist, se divide entre duas atividades: a de entregador e a de guerreiro.

No mundo real, ele é um entregador de pizza. Já no metaverso, ele é um samurai que luta contra um vírus que ameaça os dois mundos. Ao contrário do romance de Stephenson, o futuro do metaverso na nossa realidade promete ser bem promissor, ajudando a gerar empregos e vendas. Mas, como isso será possível?

Metaverso no Varejo

Na prática, o metaverso pode ser entendido como uma evolução da internet, como se pudéssemos entrar na web e não apenas vê-la por uma tela. Por exemplo: ao invés de navegar pelo site de compras, o cliente poderá visitar a loja de móveis no metaverso, ver os móveis, as possibilidades de decoração e conversar com os vendedores em tempo real.

Para isso, tanto os clientes quanto os vendedores precisarão usar equipamentos de realidade aumentada, como os já conhecidos óculos 3D. Além disso, a empresa terá que ter construído o seu espaço dentro do metaverso.

Marcelo Vieira é profissional de marketing, entusiasta da tecnologia, e especialista em metaverso. Ele fala das possibilidades que o metaverso traz às empresas e de como essa ideia já existia na nossa sociedade, ainda que em fase embrionária. “O termo metaverso, apesar de parecer novo e abstrato, já é bem antigo e vem da década de 90. Metaverso nada mais é do que a simulação de um ambiente real, dentro de um ambiente virtual, e os games já fazem isso. As próprias redes sociais, de certa forma, podem ser consideradas um metaverso”, conta.

Ele ainda explica que nem toda loja precisará fazer um grande investimento para se adaptar a esse novo mundo. “Depende muito de em qual metaverso a empresa decidirá investir. Existem várias plataformas de metaverso, algumas que precisam de computadores de alta performance (gamers/designers) para rodar, como o Second Life e plataformas mais simples como a nova proposta do Facebook, o Meta. O Meta do Facebook é uma plataforma que vai rodar em celulares, utilizando óculos e manoplas VR que são significativamente mais baratas que um computador gamer”, opina o profissional.

Em entrevista à Móbile Lojista, ele fala algo que pode animar os lojistas, principalmente as pequenas empresas.

Marcelo Vieira - metaverso

Crédito: arquivo pessoal

 

“Uma empresa para vender pelo metaverso não necessariamente precisa fazer nenhum tipo de investimento em TI. As plataformas já existem, a maioria delas já está pronta e rodando há mais de 18 anos, inclusive com empresas instaladas e vendendo para o mundo todo”

Marcelo Vieira, especialista em metaverso

Investimentos no Brasil

O mercado de tecnologia já estava muito aquecido desde o início da pandemia, que obrigou as empresas a digitalizarem boa parte das suas atividades. Agora, o metaverso exigirá ainda mais mão de obra qualificada nesse setor.

Um exemplo, a Meta pretende capacitar cerca de 50 mil brasileiros até 2023 para atuarem em tecnologias relacionadas ao metaverso.

“Vimos o impacto positivo que as plataformas digitais tiveram nos últimos anos, ajudando pequenas empresas a encontrar sua clientela e a crescer. Queremos seguir estimulando o acesso a este círculo virtuoso por meio da capacitação de pessoas em situação de vulnerabilidade social, sejam elas jovens que dão os primeiros passos na carreira ou profissionais que buscam recolocação no mercado de trabalho. Olhando para o futuro, vislumbramos muitas oportunidades com o desenvolvimento do metaverso e queremos contribuir para a preparação desses profissionais desde já”, afirma Carol Ferracini, Head de Programas em Políticas Públicas da Meta para o Brasil.

Na edição 392 revista Móbile Lojista trazemos uma reportagem completa sobre esse assunto, com ainda mais detalhes, pesquisas e dados! Leia agora mesmo!

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