Número de lojas virtuais aumenta 16,5% em 2023
Lojas virtuais no Brasil demonstraram uma expansão robusta em comparação ao ano anterior, ultrapassando 1,9 milhão
Publicado em 19 de fevereiro de 2024 | 08:22 |Por: Júlia Magalhães
O comércio eletrônico no Brasil demonstrou uma expansão robusta em comparação ao ano passado, com um incremento de 17% no número de lojas virtuais, ultrapassando 1,9 milhão. Essas informações provêm da última versão do estudo “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, conduzido anualmente pela BigDataCorp, uma das líderes em análise de dados na América Latina. Realizado em 2024, o estudo baseou-se na análise de mais de 23 milhões de websites brasileiros.
O CEO da BigDataCorp, Thoran Rodrigues, ao comentar sobre a décima edição da pesquisa, destacou o contínuo sucesso do e-commerce brasileiro, que se mantém forte mesmo com o retorno das atividades presenciais. Ele enfatizou a consolidação do setor como uma alternativa prática, segura e com ampla variedade para os consumidores, abrangendo uma diversidade de produtos, serviços e opções de pagamento. Rodrigues também observou a crescente democratização do e-commerce no País, atendendo a diversos públicos e regiões.
O estudo sinaliza um avanço notável entre as pequenas empresas, com faturamento anual de até R$ 5 milhões, acompanhado por uma diminuição na proporção de empresas de maior faturamento, que agora representam apenas 2,7% do total.
Além disso, a pesquisa revelou uma queda na integração com pontos de venda físicos, com apenas 16,5% dos e-commerces mantendo lojas físicas, em comparação com cerca de 19% em 2022. Em contrapartida, a presença em marketplaces cresceu significativamente, com um aumento de 61% na participação desses espaços nos últimos dois anos, de 14,8% para 23,8%.
Futuro das lojas virtuais
Para Rodrigues, os resultados da pesquisa indicam um futuro promissor para o e-commerce no Brasil, refletindo a capacidade de resiliência e adaptação do setor no pós-pandemia. Ele destaca o papel crescente de pequenos negócios, evidenciando a democratização do acesso ao comércio eletrônico. A diminuição das lojas físicas conjugada ao significativo aumento em marketplaces sublinha a eficiência do e-commerce.
Predominantemente, as lojas virtuais oferecem produtos e serviços com valores abaixo de R$ 100 (72,3%), enquanto itens acima de R$ 1 mil viram uma redução marcante de 2022 para 2023 (de 20,5% para 15%). Uma grande maioria dos e-commerces (68,4%) disponibiliza até 10 produtos diferentes aos consumidores.
Perfil das empresas
A pesquisa revelou que a maior parte dos e-commerces no Brasil, 73,5%, são negócios familiares, com 86% deles empregando menos de 10 pessoas. Um destaque do estudo é que 45,7% dessas empresas são operadas unicamente pelo proprietário. A vasta maioria nunca enfrentou processos legais por falhas no atendimento ao cliente, contudo, 13,6% já passaram por essa situação, sublinhando a importância de os clientes verificarem a reputação das empresas antes de efetuar compras.
Outro ponto de atenção é a segurança digital, com um recorde de 89% dos empreendedores adotando certificados SSL (Secure Sockets Layer), uma tecnologia de segurança essencial para a criptografia de informações entre o consumidor e a loja virtual.
Isso representa um aumento significativo desde 2016, quando 73,8% utilizavam essa tecnologia, chegando a 89,3% em 2023. Além disso, 65,8% das lojas virtuais já aceitam pagamentos via carteiras digitais, evidenciando um investimento crescente em tecnologia para aprimorar a experiência do cliente.
Dentre outras descobertas do estudo deste ano, estão:
- Os e-commerces constituem apenas 8% dos sites no Brasil;
- Cerca de 75,6% das lojas virtuais possuem presença em mídias sociais, com o Facebook sendo a plataforma mais comum. No entanto, o TikTok está rapidamente se tornando popular entre os e-commerces, saltando de presença em 1,2% das lojas em 2021 para 14% atualmente;
- O mercado de ferramentas para criação de sites está se consolidando, com o número de opções caindo de mais de 200 em 2022 para 195 em 2023;
- Apesar de haver um progresso considerável, a acessibilidade digital ainda é um desafio, com apenas 0,06% das lojas passando em todos os testes de acessibilidade em 2022, número que aumentou para 1,3% em 2023.
(Com informações de Novo Varejo)
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