Black Friday 2020, a mais incerta de todas
Publicado em 11 de agosto de 2020 | 10:36 |Por: Cleide de Paula
A matéria de capa da revista Móbile Lojista 371 aborda o tema O que esperar da Black Friday 2020?. Para a especialista em varejo, CEO e co-fundadora da Neomode, Fabíola Paes, o evento deste ano será focado na experiência digital e mesmo em meio a incerteza sobre a reabertura do comércio é preciso estar mais do que nunca preparado para centralizar o consumidor durante toda jornada de compra.
Fabíola, que também é professora da ESPM e no MBA de Varejo e Mercado na USP/Esalq, analisa que com a mudança no comportamento do consumidor, é preciso focar em canais de venda on-line, preparar as lojas físicas para atenderem seus consumidores seguindo as normas de saúde estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e manter seus consumidores sempre atualizados com dias e horários de funcionamento.
“Nessa época, é ideal oferecer condições de parcelamento e juros mais flexíveis para o consumidor, ter um bom mix de produtos e ofertas, além de trabalhar estratégias mais assertivas de marketing uma vez que, por estarem mais tempo em casa, os consumidores acabam usando mais as redes sociais e sites de busca para pesquisar sobre um determinado produto para comprar”, orienta.
A CEO acrescenta que o foco da Black Friday 2020 deve ser a conveniência para o cliente e para isso é necessário integrar os canais on-line e off-line, proporcionar ofertar customizadas e surpreender o consumidor com facilidades de pagamento, entrega ou retirada do produto ajudam na conversão, engajam e fidelizam.
– Parceria permite lojistas de marketplaces fazer entrega no mesmo dia
Fabíola destaca que aplicativos mobile, como os desenvolvidos pela Neomode, representam uma nova oportunidade para alcançar consumidores em meio a pandemia. Segundo ela, com a loja na palma das mãos, os consumidores conseguem acompanhar novidades, ofertas e promoções das marcas que, por sua vez, devem utilizar o mobile para oferecer uma experiência sem atritos e um atendimento cada vez mais personalizado. Os vendedores usam o app como ferramenta, compartilhando sugestões de produtos e sacolas com itens para o consumidor – seja por WhatsApp, chat ou outra ferramenta de mensagem.
“Outro ponto é que, com a permissão de geolocalização e notificações, o consumidor pode receber ofertas e cupons personalizados, além de conseguir otimizar sua jornada de compra escolhendo lojas físicas como pontos de distribuição de pedidos on-line, como é o caso do “Retire na Loja” ou “Clique & Retire” ou “Receba em casa da loja”, em que o pedido sai direto da loja física mais próxima do consumidor”, assinala.
Mesmo operando em meio às restrições da pandemia ou completamente fechadas, para a CEO da Neomode, as lojas físicas podem virar centros de distribuição com a integração de canais. “Com a tecnologia de integração desenvolvida pela Neomode, as lojas físicas podem se tornar minicentros de distribuição, aptas para atender pedidos online originados de aplicativos ou e-commerce”, exemplifica.
Fabíola detalha que nesse contexto, alguns clientes da empresa de tecnologia omnichannel Neomode possuem uma modalidade adaptativa para a época: o “Receba em casa da loja”. Nessa jornada, continua ela, o usuário escolhe o produto no App Commerce, a loja mais próxima com estoque disponível e espera o produto chegar em casa. O objetivo é aproximar o estoque do consumidor, otimizando o tempo de entrega para até 3 dias úteis. No caso da entrega tradicional via centro de distribuição – poderia demorar mais de 15 dias úteis devido a atrasos relacionados a pandemia.
Para os lojistas de móveis e decoração, a professora orienta o agendamento de visitas à loja com hora marcada, respeitando as regras locais da cidade. No ambiente digital, ela recomenda investir em fotos com boa qualidade e detalhes, além de passar ao consumidor todas as informações sobre o produto. “Para isso, as lojas poderão redobrar esforços para atendimentos on-line. Com a integração de canais on-line e off-line, as lojas físicas também podem se tornar centros de distribuição, movimentando o estoque e promovendo a troca de showroom de modo muito mais rápido”, ressalta.
Na visão de Fabíola uma maneira de potencializar as vendas é conhecer a jornada de comportamento e interesses do consumidor de forma completa, pois isso minimiza o atrito de compra e faz toda a diferença. “Por meio da integração dos canais, é possível levantar uma série de informações sobre o comportamento do consumidor e estimular ações que o tragam para a loja física – seja para viver uma experiência em loja, seja para buscar um desconto único do PDV, seja para retirar o produto sem taxas e num breve espaço de tempo”.
Outro ponto, sugere Fabíola, é motivar os vendedores a ativarem vendas on-line, encontrar canais e ferramentas para digitalizar as vendas e se aproximar ainda mais dos consumidores potenciais da marca. “Ferramentas modernas como as desenvolvidas pela Neomode já trazem essas facilidades”, compartilha a CEO.
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