Perspectivas 2023: o que esperar para o varejo?

O ano de 2022 caminha para o fim e podemos concluir que este foi um ano que trouxe um misto de emoções. Por um lado, o mundo viu a Covid-19 perder força, graças à vacinação. O número de mortes e as restrições econômicas diminuíram tanto que a doença já não é mais o tema central das discussões.

Por outro lado, a sociedade está lidando com os impactos econômicos e financeiros que a pandemia deixou — e isso influenciou os resultados dos varejistas.

Como vimos nos balanços setoriais publicados mensalmente aqui na Móbile Lojista, Fornecedores e no eMóbile, o setor moveleiro teve que lidar com uma queda no poder de compra das famílias brasileiras, o que fez com que o varejo acumulasse baixas nas vendas.

2022: um ano marcado pela inadimplência

Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo SPC Brasil mostra que quase quatro em cada dez brasileiros estão com o nome negativado (39,71%) — o equivalente a 64,25 milhões de pessoas, um novo recorde da série histórica do levantamento, realizado há 8 anos. No último mês, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 11,17% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Sem acesso a crédito, as pessoas têm dificuldades para comprar bens com preços mais altos, como móveis e eletrodomésticos. Não por acaso, as vendas desses produtos se destacam negativamente.

A queda acumulada até agora para o varejo de móveis é de 10%, segundo o IBGE. Com menos dinheiro entrando, muitas empresas tiveram que ser criativas e inovar para fazer com que o cliente se sentisse mais seguro para comprar.

2023: o que vem por aí?

Sob o ponto de vista econômico, é possível que no próximo ano ainda lidemos com desafios, como juros elevados. Contudo, essas expectativas ainda serão confirmadas pela nova equipe econômica que comandará o País a partir de 2023.

Até lá, o que sabemos é que a digitalização da economia seguirá a passos largos e que as empresas que estiverem atentas às inovações podem ter motivos para comemorar em dezembro do ano que vem.

Sendo assim, decidimos consultar algumas mudanças que devem estar no radar do seu time de marketing.

Onde as pessoas estão comprando — e onde comprarão em 2023?

Um estudo publicado pela Opinion Box ouviu 2083 pessoas, sendo homens e mulheres de várias classes sociais – com idade acima de 16 anos, que realizaram compras no varejo ao longo dos últimos 12 meses –, buscou entender como foi o comportamento do consumidor neste ano e como ele deverá ser no ano que vem.

Um dado importante revelou que o varejo físico segue firme e forte. 70% dos respondentes disseram que fizeram compras em lojas físicas nos últimos 12 meses. O percentual é praticamente o mesmo para compras on-line: 73% disseram que compraram em lojas virtuais ou sites.

23% dos entrevistados disseram que fizeram uma compra dentro dos ambientes das redes sociais – o pode indicar uma oportunidade de negócios, uma vez que o Instagram e o WhatsApp já permitem compras dentro do app.

Os aplicativos das lojas também se mostraram opções fortes para as compras digitais: 63% das pessoas disseram que usaram apps para comprar algo nos últimos 12 meses.

Em 2023, o cliente manterá comportamento omnichannel

Para o consumidor, a distância entre a compra física e a digital está cada vez menor durante a sua jornada de compra. 87% pesquisaram preços em lojas físicas e compraram no on-line. Já 80% pesquisaram na internet e compraram na loja física.

Como comprar pela internet já não é uma novidade, o hábito vem fazendo parte da rotina de compra, quase intuitivamente. Portanto, cabe aos lojistas entenderem como podem tirar proveito dessa situação.

Perspectivas 2023 na Móbile Lojista 394

Entender o comportamento do consumidor é essencial para alinhar com as perspectivas para o futuro. Por isso, na última edição da Mobile Lojista, você pode ler esta matéria completa sobre as perspectivas para 2023. Não perca!