Ranking SBVC divulga as maiores varejistas
O estudo mostra que as 300 maiores empresas representam 10,35% do PIB nacional, com um aumento de 7,9% no faturamento anual
Publicado em 14 de agosto de 2024 | 08:28 |Por: Júlia Magalhães
As 300 maiores varejistas brasileiras movimentaram R$ 1,129 trilhão em 2023, conforme o Ranking CIELO-SBVC, divulgado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Entre os destaques, o Mercado Livre aumentou seu faturamento de R$ 80,5 bilhões em 2022 para R$ 107,9 bilhões em 2023, exemplificando o crescimento expressivo do setor.
O estudo, que comemora 10 anos, mostra que as 300 maiores empresas representam 10,35% do PIB nacional, com um aumento de 7,9% no faturamento anual. Entre as 216 empresas que divulgaram seus números, o crescimento médio foi de 11,4%, superando os índices do Varejo Restrito (4,1%) e do Varejo Ampliado (5,3%) divulgados pelo IBGE.
Embora o crescimento não tenha atingido os dois dígitos como nos anos anteriores, o varejo continua a superar a economia brasileira, que cresceu 2,9% em 2023. O Carrefour, com faturamento de R$ 115,4 bilhões, lidera o ranking, seguido por Assaí, Magazine Luiza, Grupo Casas Bahia e RD Saúde, que juntas somaram R$ 307,1 bilhões, representando 27,2% do total das 300 maiores.
Maiores varejistas de Eletromóveis
O setor de Eletromóveis enfrenta desafios significativos, perdendo relevância entre as maiores varejistas do Brasil. Em 2023, as 25 empresas do setor somaram R$ 90,2 bilhões em faturamento, uma queda de participação de 5,4 pontos percentuais nos últimos cinco anos.
Das 14 redes que divulgaram seus faturamentos para 2022 e 2023, o crescimento foi de apenas 1,0%, embora superior ao 0,1% registrado pelo IBGE no varejo de Eletroeletrônicos e Móveis. Esse desempenho reflete um cenário de estagnação, agravado por altas taxas de juros e inflação elevada, que desincentivam a compra de bens duráveis.
Ainda assim, algumas empresas se destacaram, como Leveros, com crescimento de 28%, Zenir (21%) e Móveis Gazin (19%). Em contraste, o Grupo Casas Bahia, líder do setor, viu suas vendas caírem 5%, resultando em um impacto negativo de mais de R$ 2 bilhões no faturamento.
O setor conta com quatro grandes varejistas de presença nacional: Casas Bahia, Ortobom, Mobly e Marabraz. As demais são regionais, operando em média em 3,8 estados. Digitalmente, 21 das 25 empresas operam e-commerce, 16 vendem em marketplaces e 14 utilizam o WhatsApp para vendas. No entanto, a operação de e-commerce 1P dessas empresas somou apenas R$ 15,5 bilhões em 2023, uma queda de 12,9% em relação ao ano anterior, com o Grupo Casas Bahia sendo o principal responsável por essa redução.
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