Setor varejista nacional: venda de móveis e eletros cai 6,5% em junho

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados preocupantes sobre o setor varejista nacional. De acordo com o Instituto, os resultados apresentados no mês de junho deste ano foram inferiores aos do mesmo período de 2018. O mercado varejista de móveis e eletrodomésticos caiu 6,5%.

Contudo, é preciso compreender o impacto que os feriados tiveram nesse resultado. No ano passado, junho teve dois dias úteis a mais do que neste ano. Essa característica é um dos fatores que explica a diferença encontrada entre os meses avaliados.

Acumulado do mercado de móveis é positivo

Quando comparamos maio de 2019 com o mesmo período do ano passado, percebemos que houve um crescimento nas vendas de 15,9%. Todavia, é importante lembrar que no ano passado houve a greve dos caminhoneiros. Tal evento impactou negativamente a economia daquele ano.

Por isso, o resultado acumulado dos últimos doze meses no mercado de móveis permanece negativo (-0,4%). No entanto, quando tiramos os números de 2018 e analisamos apenas os resultados de 2019, percebemos que o resultado acumulado das vendas de móveis é positivo: 3,3%.

–Exportação de máquinas brasileiras cai e incertezas sobre a economia prejudicam o setor

Varejo de eletrodomésticos acumula perdas

O último trimestre apresentou resultados preocupantes para o mercado de eletrodomésticos. A venda desses produtos caiu 8,6%, quando comparada ao mesmo período de 2018. De janeiro a junho de 2019, a queda foi de 2,7%. Número que também ilustra o resultado acumulado dos últimos doze meses desse setor.

Embora a maioria dos estados tenham tido resultados positivos quando comparada a variação do comércio varejista ampliado, alguns locais sofreram com uma retração significativa. Esse é o caso do Piauí (-5,9%).

A saber: o termo “comércio varejista ampliado” se refere a vários tipos de varejo, como o de automóveis, combustíveis, atividades de hipermercados etc.

Os resultados do desempenho do varejo indicam que a recuperação do setor ainda está caminhando a passos lentos, indicando que o brasileiro está contido na hora de comprar alguns tipos de produtos, como móveis. Esse pode ser um desafio para o setor varejista nacional.