Sima e sindicato dos trabalhadores debatem reajuste
Considerada positiva, primeira reunião entre Sima e sindicato de trabalhadores discutiu itens da convenção coletiva
Publicado em 10 de abril de 2023 | 07:44 |Por: Júlia Magalhães
O Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), pela classe empresarial, e representantes de sindicatos dos trabalhadores das indústrias de móveis, iniciaram as negociações voltadas à convenção coletiva.
Na primeira reunião, os representantes dos trabalhadores abriram a negociação pedindo o INPC, mais 3% de reajuste real e outros 3% a título de valorização da categoria, perfazendo um total de 10.37% de reajuste. Além disso, eles apresentaram uma pauta com mais de 100 reivindicações sociais.
“Foi uma reunião em clima cordial, em que nós ouvimos as reivindicações dos representantes dos trabalhadores. A partir de agora, o desafio para ambos os lados será encontrar um valor comum, que possa manter o emprego e, ao mesmo tempo, atender dentro do possível o trabalhador”, avalia o presidente do Sima, José Lopes Aquino.
De acordo com ele, a maior dificuldade está na baixa demanda de vendas que atinge o setor moveleiro de Arapongas e de todo o Brasil. As margens ainda são insuficientes para conceder um reajuste mais expressivo. Segundo ele, o setor ainda se ressente da retração ocorrida durante a pandemia e da alta dos custos.
O presidente do Sima revela que uma assembleia patronal foi convocada. O encontro deverá acontecer para apresentar as reivindicações dos sindicatos dos trabalhadores e avaliar o que pode ser feito dentro da realidade do polo. Aquino destaca que a data-base é 1º de maio. Contudo, diante da conjuntura econômica que penaliza o setor, o Sima resolveu adiantar as negociações, dando mais tempo para o debate.
Debate positivo
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Arapongas (STICMA), Carlos Roberto da Cunha, considerou positiva a primeira reunião. Cunha reconhece que o momento econômico causou retração no setor moveleiro. No entanto, o presidente afirma que há uma defasagem acumulada nos salários dos trabalhadores que precisa ser gradualmente corrigida para restaurar o poder de compra.
“O que vimos aqui hoje foi a abertura de um processo de negociação que esperamos ocorrer dentro do bom senso.” Quanto à pauta de reivindicações, ele destaca, entre outras coisas, a reivindicação de um auxílio alimentação de R$ 350, assistência médica e maior rigor no fornecimento dos equipamentos de proteção individual (EPIs).
(com informação de assessoria de imprensa)