Varejo de móveis e eletros tem leve queda em abril

Vendas no varejo de móveis e eletrodomésticos caem 0,5% em abril em relação a março, também caem 2,4% comparado a abril de 2022

Publicado em 14 de junho de 2023 | 10:00 |Por: Thiago Rodrigo

O varejo de móveis e eletrodomésticos diminuiu 0,5% em abril comparado a março. Em relação a abril de 2022, o varejo de móveis e eletrodomésticos teve queda de 2,4%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE.

Em relação ao acumulado no ano, o resultado até abril diminuiu em relação ao alcançado em março: saiu de 2,1% para 1,1%. Nos últimos dozes meses, as vendas no varejo até abril de 2023 registra queda de -4,3%, diminuindo o ritmo de perda que estava -4,5% até fevereiro e -4,9% até março.

Considerando apenas o varejo de móveis, houve queda de 7,7% em abril comparado ao mesmo mês de 2022. No acumulado dos últimos 12 meses, o segmento registra queda de 6,4% no ano e de 12,1% nos últimos 12 meses.

O segmento de eletrodomésticos teve alta de 1,8% comparado a abril de 2022, com acumulado negativo de 0,5% nos últimos 12 meses e positivo de 5,8% no ano

Atividades no Volume de vendas no varejo
MÊS/MÊS ANTERIOR (1)
MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
FEV MAR ABR FEV MAR ABR NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA 0,0 0,8 0,1 1,1 3,3 0,5 1,9 0,9
4 – Móveis e eletrodomésticos -1,6 0,6 -0,5 -0,7 2,7 -2,4 1,1 -4,3
4.1 – Móveis -9,7 -6,6 -7,7 -6,4 -12,1
4.2 – Eletrodomésticos 4,9 8,0 1,8 5,8 -0,5

Receita nominal do varejo de móveis

Na receita nominal, o varejo de móveis e eletrodomésticos caiu 0,4% em relação a março. Em relação ao mesmo mês de 2022, a receita nominal de móveis e eletrodomésticos teve queda de 2,7%. Considerando apenas o segmento de móveis no mês de abril de 2023 x abril de 2022, registrou-se variação negativa de 0,6%, com 2,8% de variação no acumulado do ano.

Varejo geral

As vendas no comércio varejista no país variaram 0,1% na passagem de março para abril. É o quarto mês seguido sem variações negativas e, com isso, no ano, há uma alta acumulada de 1,9%. Já o acumulado em 12 meses foi de 0,9%. No segundo bimestre do ano, o varejo registrou crescimento de 1,9%, quarta taxa positiva seguida. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE.

Finalistas do Prêmio Top Móbile em Fornecedores da Indústria

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o resultado dessa atividade é ligado principalmente às vendas da Páscoa. “Antes da pandemia, os resultados das vendas da Páscoa no varejo apareciam sobretudo em abril. Nos anos subsequentes, os ovos começaram a ser vendidos muito antes, em janeiro, e essas vendas eram diluídas ao longo desses meses. Neste ano, houve uma volta ao padrão de antes, e o resultado forte das vendas da Páscoa puxou o setor de hiper e supermercados”, explica.

O pesquisador associa a trajetória da atividade a uma mudança de comportamento ocorrida durante a pandemia. “Com o menor deslocamento das pessoas, houve menos necessidade de consumir produtos dessa natureza, como roupas e calçados. Essa mudança no consumo impactou as grandes redes, que têm fechado lojas nesse período em todo o país”. Com os resultados negativos seguidos, o setor de tecidos, vestuário e calçados é um dos que ainda não recuperaram o patamar pré-pandemia, ficando 22,1% abaixo do nível registrado em fevereiro de 2020.

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